Planos de saúde corporativos estão entre os principais benefícios procurados por quem está no mercado de trabalho. Afinal, a assistência à saúde é fundamental, e poder contar com facilidade de atendimento em clínicas, consultórios e laboratórios, além de se precaver para o caso de internações, faz toda a diferença.
Empresas de todos os portes podem aderir a planos de saúde corporativos – e quando a gente fala todos, são todos mesmo; até quem for Microempreendedor Individual (MEI) pode aderir.
Mas se engana quem pensa que os programas são todos iguais. Para além de questões simples, como área de abrangência ou tipo de cobertura, questões contratuais impactam muito na hora de definir qual o melhor, principalmente nos casos de empresas com muitos funcionários.
Mas fique tranquilo, porque neste artigo você irá compreender cada detalhe e entender cada item a observar antes de optar por um plano de saúde empresarial.
O que é um plano de saúde empresarial?
Plano de saúde empresarial é um benefício concedido por empresas a seus funcionários como forma de facilitar o acesso a serviços de saúde. Ele é idêntico a um plano de saúde particular, mas com a vantagem de, em geral, não ter custos mensais para o beneficiário.
Isso acontece porque a manutenção do plano é feita pela própria empresa junto à operadora. Assim, cabe ao colaborador pagar a diferença em caso de consultas e procedimentos – nos casos de planos com coparticipação – ou eventualmente pelo upgrade de plano.
A oferta de planos de saúde corporativos não é uma exigência por lei, mas muitas empresas incluem em seu pacote de benefícios. Isso acontece, basicamente, por duas razões: atrair e reter talentos, e garantir assistência médica de qualidade aos colaboradores, o que aumenta a produtividade e diminui o absenteísmo.
Plano de saúde empresarial: o que levar em conta na hora de escolher?
Como você sabe, existem centenas de planos de saúde pelo país. Cada um deles tem suas regras, rede credenciada e área de atuação. Por isso, é fundamental analisar cada aspecto antes de escolher um.
A 4Health é uma empresa de consultoria de benefícios, e um de nossos propósitos é justamente ajudar a formatar os melhores programas de saúde para empresas.
Assim, a seguir elaboramos um guia sobre o que você deve considerar na hora de definir o plano de saúde que melhor se adéqua a sua empresa.
Conheça o perfil de seus colaboradores
O primeiro passo para escolher um entre os diversos planos de saúde corporativos existentes no mercado é saber o que é o melhor para sua empresa. Afinal, por mais que haja inúmeras e bem conceituadas opções de convênio para empresas, elas só serão efetivas se considerarem o público a que se destina.
Se você for o gestor de um negócio que emprega majoritariamente adultos jovens, por exemplo, o convênio médico empresarial não terá o mesmo perfil de empresas cujos beneficiários são em sua maioria pessoas mais velhas. E as razões são diversas.
Primeiro, que operadoras de planos de saúde cobram mais de beneficiários mais velhos. Afinal, as estatísticas mostram que quanto mais velha for a pessoa, maiores são as chances de ela precisar de algum tipo de cuidado ou atendimento médico.
Além disso, as chances de pessoas com mais de 40 anos terem cônjuge e filhos são bem maiores do que em faixas etárias mais baixas. E, em geral, os programas de saúde corporativos se dedicam também a eles.
Além disso, homens e mulheres possuem alguns tipos de atendimentos específicos. E há ainda a possibilidade de a empresa ter em seu quadro de talentos pessoas com doenças crônicas.
Dito isso, antes de contratar um plano de saúde empresarial, é fundamental determinar o perfil dos beneficiários. Faça um levantamento que aponte a faixa etária principal, o gênero e o estado civil. Mapeie também o total de colaboradores com doenças crônicas.
Todos estes dados ajudarão você a determinar qual plano de saúde se adéqua melhor às necessidades do seu negócio.
Defina se a abrangência será nacional ou regional
Planos de saúde podem permitir que seus beneficiários tenham uma rede de atendimento apenas na região onde moram ou em qualquer parte do país. Isso, claro, afeta o quanto você irá pagar.
Ainda que a opção pela abrangência regional seja mais barata, nem sempre essa é a melhor escolha para a sua empresa. Mais uma vez, dependerá muito do perfil do seu colaborador.
Empresas que contam com talentos em home office, por exemplo, precisam estar muito atentas ao local onde essas pessoas moram. De nada adianta você ter sua sede na capital paulista e ter colaboradores morando em Campinas, por exemplo, se o plano de saúde for regional e ficar fora da área de abrangência da capital.
Da mesma forma, se os negócios de sua empresa demandam viagens a trabalho, é preciso considerar que um plano de saúde empresarial que tenha rede credenciada em todo o Brasil – ou, pelo menos, que faça reembolsos em caso de atendimento fora de sua área – pode ser a melhor escolha.
Defina se ele será integral, com coparticipação ou contributário
Além da abrangência, existem diferentes modalidades de planos. Alguns permitem atendimentos em hospitais top de linha, internação em quartos individuais e nenhum custo adicional em caso de consultas ou exames, qualquer que seja.
Contudo, ainda que esse pareça ser o melhor dos mundos, é evidente que eles são muito mais caros. Assim, em geral as empresas oferecem aos seus funcionários a modalidade com coparticipação.
A coparticipação funciona da seguinte forma: o empregador é quem paga a mensalidade do plano, e o colaborador paga uma diferença – mediante desconto em folha – sempre que utilizar um serviço. Os valores variam de acordo com os tipos de planos de saúde corporativos, rede credenciada e outros.
Uma vantagem para as empresas nesses casos é um menor custo de mensalidade. Além disso, incentiva os beneficiários a utilizarem o plano apenas nos momentos em que de fato houver necessidade.
Outro modelo existente é o contributário. Nesses casos, cabe ao próprio colaborador pagar na íntegra a mensalidade, independentemente de usar ou não o serviço.
Num primeiro momento pode parecer um contrassenso, mas um plano de saúde empresarial é mais barato do que um individual. Assim, ele pode ser uma boa opção para microempresas com restrições orçamentárias, cooperativas ou mesmo para microempreendedores individuais (MEI).
Preste atenção à sinistralidade
Sinistralidade trata de qualquer evento que leve custo à operadora do seu plano de saúde. Por exemplo, toda vez que você vai a um médico, a operadora é acionada a pagar pela consulta.
Ao final de determinado período, a operadora fará um cálculo considerando quanto teve que gastar para pagar todos os procedimentos, em comparação a quanto recebeu pelo contrato.
Assim, se os funcionários de sua empresa utilizaram muito o plano de saúde no período determinado em contrato – normalmente, um ano -, o reajuste será mais alto do que aquele que se aplica a empresas cujos colaboradores não precisaram de muitos atendimentos.
É importante ressaltar aqui que não se trata de controlar ou limitar número de procedimentos ou consultas, mas sim de conscientizar sobre o bom uso.
Vale ressaltar que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autoriza reajustes de planos de saúde, em geral, uma vez por ano. Planos de saúde corporativos de empresas com até 29 beneficiários têm uma taxa única de reajuste, considerando sinistralidade. Nos casos de companhias com mais de 30 vidas, por sua vez, o reajuste considera o que se estabelece em contrato.
Modalidade de inclusão
Programas de saúde corporativos podem ser compulsórios ou de livre adesão.
No caso dos compulsórios, o acordo define que todos os funcionários deverão aderir àquele plano. A exceção são os casos em que ele já possui um plano de saúde individual e prefere manter.
A grande vantagem da modalidade compulsória é que, como engloba um número maior de pessoas, a negociação a respeito dos valores de planos de saúde corporativos tende a ser mais interessante.
No modelo de livre adesão, por sua vez, cabe a cada colaborador decidir se quer participar ou não. Esse modelo pode ser interessante em empresas com perfis distintos de funcionários.
Tipo de cobertura do plano
Outra razão importante para se traçar um perfil dos colaboradores antes de escolher os planos de saúde corporativos é saber quais coberturas ele deve incluir. Afinal, isso tem impacto importante no atendimento dos funcionários. Além disso, impacta nos custos também.
Entre os tipos de cobertura que os planos oferecem, os principais são:
- Ambulatorial: consultas médicas em clínicas ou consultórios, exames e tratamentos ambulatoriais – sem internação.
- Hospitalar sem obstetrícia: serviços hospitalares como atendimento ao pronto-socorro ou internações. Não há, contudo, garantia de assistência ao parto.
- Hospitalar com obstetrícia: serviços hospitalares como atendimento ao pronto-socorro ou internações, com garantia de assistência ao parto e durante 30 dias após o parto.
Há ainda outras opções. Alguns incluem atendimento odontológico ou psicológico, por exemplo.
Tipo de acomodação
Outro ponto a se considerar no momento de contratar planos de saúde corporativos é o tipo de acomodação que seus colaboradores terão caso precisem de internação. Basicamente, há três opções.
- Enfermaria: trata-se de um quarto com várias camas e que, portanto, se divide para vários pacientes – em geral, três a quatro. Há uma série de restrições, com horários de visitas e prazos para permanência de acompanhante restritos. Em alguns casos, por exemplo, não é permitido que o acompanhante pernoite no local.
- Apartamento semi-privativo: semelhante à enfermaria, mas com apenas duas camas. As visitas têm horário determinado, mas é possível a permanência de um acompanhante à noite – é comum que se coloque uma poltrona ao lado da cama.
- Apartamento privativo: neste caso, o quarto é exclusivo para um único paciente. Assim, há mais privacidade e as regras para visitação são mais flexíveis. De modo geral, é possível deixar um acompanhante o tempo todo. Em alguns casos, a unidade hospitalar inclui uma cama extra para o acompanhante.
A escolha pelo tipo de acomodação, claro, impacta no custo do programa. É por isso que, em geral, as empresas optam por oferecer um plano com coparticipação e internação em enfermaria, mas permitem que seus colaboradores optem por um upgrade, pagando uma diferença em folha.
Cuidados importantes ao escolher programas de saúde corporativos
Agora que você já conhece as características dos planos de saúde corporativos, vamos destacar cuidados importantes que você deve observar. Afinal, podem causar impacto importante nos custos.
Erros antes de contratar ou mudar de plano
- Manter um grande número de agregados com vinculação ao contrato, uma vez que isso aumenta o risco e os custos. Se o orçamento for restrito, foque em oferecer ao seu colaborador e cônjuge.
- Começar com um plano com diferenciais muito maiores que as suas reais necessidades. Faz sentido, por exemplo, oferecer acomodação privativa para todos os funcionários se sua empresa for muito grande ou basicamente formada por gente jovem?
- Esta vale para qualquer questão envolvendo sua empresa: não fazer um planejamento financeiro adequado. Antes de contratar um plano de saúde empresarial, considere a inflação e o impacto sobre os custos ano após ano.
- Não observar os objetivos da empresa, situação financeira e o que melhor atende este cenário atual e futuro.
- Oferecer planos por adesão costuma ser bastante desvantajoso. O ideal é a empresa subsidiar, pelo menos, um plano básico para todo o grupo. Assim, evita-se o risco de um contrato só com funcionários com demandas emergenciais.
- Não observar todos os detalhes e nuances de cada produto, considerando o negócio da empresa.
- Não aplicar a coparticipação e não envolver os usuários na gestão do plano.
Erros após a contratação
- Não ter um planejamento de comunicação, a fim de compartilhar informações e instruir os usuários periodicamente.
- Não ter um programa de promoção da saúde ou escolher um sem base (é preciso considerar as necessidades do grupo).
- Fazer uma gestão aquém do esperado dos casos crônicos e graves.
- Não gerenciar as internações.
- Não analisar e acompanhar os indicadores periodicamente.
- Se preocupar com a sinistralidade e riscos do contrato somente às vésperas das negociações.
- Não ter um especialista para gerenciar o programa de saúde ou algum consultor de benefícios para auxiliar nessa análise.
Para saber como podemos ajudar, entre em contato com um de nossos especialistas.
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