por Equipe 4 Health | jul 6, 2018 | Notícias de mercado
Governo lança plano para eliminar tipo C da doença, que tem mais notificações
O Brasil registrou 40,1 mil casos novos de hepatites virais no ano passado, informou ontem o Ministério da Saúde. Comumente transmitida por água e alimentos contaminados, a do tipo A foi a que mais cresceu. Os casos mais que dobraram entre homens de 20 a 39 anos nos últimos anos também devido à transmissão por via sexual. Isso apesar de a hepatite A ser possível de prevenir com vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de 15 meses a 5 anos de idade incompletos, mas em São Paulo, por exemplo, também para homens que fazem sexo com homens.
Apesar do rápido crescimento da hepatite A, a do tipo C ainda concentra o maior número de notificações. Foram 24,4 mil registradas no ano passado, elevando para 331,8 mil o número de pessoas com a doença no país desde a década de 1990.
Também transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos perfurocortantes, a hepatite C acomete principalmente adultos com mais de 40 anos.
MUITOS DOENTES DESCONHECEM
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 1 milhão de brasileiros, ou 0,71% da população do país, tiveram contato com o vírus da hepatite C, para qual o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tratamento com mais de 90% de chance de cura. Foram 76,5 mil atendimentos desde 2015. O problema é que muitas destas pessoas, mesmo diagnosticadas, não estão em tratamento, e outras tantas sequer sabem que têm o vírus.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde criou um plano para eliminar a hepatite C no Brasil até 2030. Em iniciativa conjunta com estados e municípios, a pasta informou que pretende simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento às vítimas de hepatites virais no país. ESTABILIDADE DO TIPO B Já a incidência de hepatite B apresenta pouca variação nos últimos anos, apontam os boletins epidemiológicos. Foram 14,7 mil casos em 2016 e 13,4 mil em 2017. A transmissão da hepatite B se dá por meio de sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos perfurocortantes e da mãe para o feto no útero ou o recém-nascido no parto, num processo conhecido como transmissão vertical. Pouco mais de 31 mil pacientes estão em tratamento atualmente. A vacina para hepatite B também está disponível no SUS, para crianças e adultos.
Referência: O Globo
Fonte: Capitólio Consulting
por Equipe 4 Health | jul 5, 2018 | Notícias de mercado
Tendência já é adotada em países da Europa e EUA
O modelo de remuneração fee for service, baseado no pagamento por procedimento executado, é atualmente o mais usual na rede privada de hospitais no Brasil. Mas uma nova tendência mundial vem ganhando força no país e entrou no radar de grandes instituições de saúde nacionais, que começam, aos poucos, a implementar o modelo. O value-based payment, ou pagamento baseado em valor, sugere a remuneração com base na qualidade do atendimento prestado ao paciente, fundamentada na relação entre os desfechos importantes a ele e o custo despendido para alcançá-los. Presidente da Federação Internacional de Hospitais (IHF) e membro do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), Francisco Balestrin é um defensor dessa modalidade de pagamento por performance. É sobre Modelos de remuneração baseados em valor que ele falará no segundo dia do I Congresso Brasileiro de Instituições Católicas de Saúde (CBICS). O evento acontece entre 16 e 18 de julho, na sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Desenvolvido por uma dupla de professores e pesquisadores da Harvard Business School, o modelo defende que o objetivo final da atenção à saúde é gerar valor ao paciente. Para isso, levam-se em conta os resultados de saúde importantes para o cliente e os gastos para atingi-los. A proposta implica na reestruturação dos sistemas de saúde e depende de algumas etapas importantes, como análise de custos, adoção de unidades de prática integrada, medida de desfechos clínicos, integração de sistemas, pagamento por pacote de serviços, tecnologia da informação e expansão geográfica.
Países como Suécia, Estados Unidos e Alemanha já começaram a utilizar o modelo, mas a novidade vem demandando que sejam criados projetos para buscar esses processos e medir os indicadores. “Uma das maiores vantagens desse novo formato de remuneração é que mudamos o foco da percepção, que passa a ser o paciente em sua integralidade e não o procedimento em si. A desvantagem é que ainda não há muitos padrões definidos de como medir isso e as instituições que quiserem adotar o modelo terão que possuir um alto grau de informatização para poderem se comunicar com o paciente e reunir todas as informações necessárias. É um desafio complexo que teremos que encarar”, explica Balestrin.
Previsibilidade
Um dos grandes obstáculos da remuneração baseada em valor é conseguir prever custos e resultados do tratamento. Para o presidente da IHF, nos casos de baixa complexidade, as organizações conseguem ter uma estimativa de como será a conclusão do processo terapêutico e, com isso, negociar um valor fixo com as operadoras de saúde. Já quando se trata de alta complexidade, os desfechos clínicos são menos previsíveis.
Atualmente, todos os modelos de remuneração do sistema de saúde privado brasileiro coexistem com um ponto em comum: a remuneração se baseia no quantitativo, sem levar em conta a qualidade do atendimento e a experiência do paciente durante o tratamento. “Os modelos que vigoram no país remuneram e premiam o resultado, focando somente no número de procedimentos realizados. A cirurgia de um paciente com câncer de próstata, por exemplo, pode parecer um sucesso num primeiro momento, mas se ele desenvolver disfunção erétil ou incontinência urinária depois do procedimento por conta de alguma falha na cirurgia, significa que o resultado final não foi bom. Nos modelos que temos hoje, isso não é levado em conta, não é medido. E isso é valor”, ressalta Balestrin.
Em consonância com as novas necessidades do mercado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vem realizando grupos de trabalho frequentes com representantes de operadoras de planos de saúde, de sociedades médicas, de entidades representativas de profissionais de saúde e de prestadores de serviço para discutir formas inovadoras de remuneração. A Agência já anunciou sua disponibilidade para implementar em um futuro próximo projetos-piloto de modelos alternativos de pagamento atrelados à indução da qualidade do cuidado, embora já tenha declarado que não será editado nenhum normativo definindo qual será o modelo padrão de remuneração. “Acredito que no futuro os modelos vão conviver entre si. Há procedimentos, como Raios-X, por exemplo, que não têm necessidade de se aplicar esse modelo. Já nos tratamentos oncológicos e cardiológicos a remuneração baseada em valor se aplica muito bem”, esclarece Francisco Balestrin, que fará palestra no dia 17 de junho no I CBICS.
Fonte: Saúde Business
por Equipe 4 Health | jul 5, 2018 | Notícias de mercado, Planos de Saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou as regras para a aplicação da coparticipação e franquia em planos de saúde. Essas modalidades existem desde 1998, mas era preciso uma regulamentação para deixar claras as condições, critérios e limites de cobrança. E são diferentes da modalidade regular, em que o consumidor paga uma mensalidade fixa e não precisa arcar com cobranças extras — e continuarão existindo.
Os planos com coparticipação ou franquia custam, em média, 20% menos do que os convencionais — índice que pode ser considerado baixo ao se levar em conta os gastos adicionais que podem surgir. Veja, abaixo, como avaliar se os novos planos servem para você e quais são as principais mudanças e os cuidados que se deve tomar antes de contratar um plano sob as novas condições.
Como avaliar se os novos planos servem para você
Esteja ciente de que um plano com coparticipação e franquia impede previsibilidade, ou seja, você nunca sabe quanto realmente gastará com saúde a cada mês.
Diretor da ANS defende novas regras para planos de saúde: “Teremos controle maior do que será cobrado”Diretor da ANS defende novas regras para planos de saúde: “Teremos controle maior do que será cobrado”
Idosos ou portadores de doenças crônicas devem evitar os novos planos, pois tendem a precisar de atendimentos médico várias vezes ao mês, multiplicando as cobranças.
Em média, planos com franquias e coparticipação têm custo 20% menor do que os convencionais. É uma diferença relativamente baixa quando se avalia os gastos adicionais que podem surgir.
Fique atento ao impacto no bolso. Geralmente, a pessoa já contrata um plano de saúde dentro do limite do que pode gastar por mês, então cada real a mais pode pesar em demasia no bolso.
Se tem seus médicos de confiança, esteja ciente que os procedimentos gratuitos não serão necessariamente realizados por toda rede credenciada: a administradora poderá indicar alguns médicos, clínicas e hospitais para realizarem consultas e exames totalmente gratuitos.
O que é um plano de saúde com coparticipação?
É o plano em que o beneficiário paga um valor à parte pela realização de um procedimento ou evento como internação ou emergência. Estão previstas três formas de cobrança neste formato:
Percentual sobre o valor do procedimento, efetivamente pago pela operadora ao prestador de serviços.
Percentual sobre valores em tabela de referência que contenha a relação de procedimentos.
Valor fixo sobre o procedimento, previamente definido.
O que é um plano de saúde com franquia?
É aquele em que é estabelecido um valor no contrato até o qual a operadora não tem responsabilidade de cobertura, seja nos casos de reembolso ou nos casos de pagamento à rede credenciada. Semelhante à franquia de um seguro de automóvel, por exemplo, em que o pagamento mínimo sempre é feito pelo cliente. Conforme a ANS, haverá dois tipos de cobrança:
- Dedutível Acumulada, em que as despesas acumuladas são renovadas a cada 12 meses, contados da assinatura ou do aniversário do contrato.
- Limitada por Acesso: a operadora não se responsabiliza pela cobertura das despesas assistenciais até um valor definido em contrato, cada vez que o beneficiário utiliza um serviço.
Estes planos também podem ser exclusivamente odontológicos?
Sim, os mecanismos de coparticipação e franquia também podem ser utilizados em planos odontológicos.
Essas categorias de planos são novas?
Planos com coparticipação e franquia já existem e são usados pelo mercado. Atualmente, mais de 52% dos beneficiários de planos médico-hospitalares (ou seja, 24,7 milhões de beneficiários) possuem contrato com um desses mecanismos.
Os contratos existentes serão alterados?
Não. Os contratos firmados antes da entrada em vigor do normativo não se submetem as novas regras, exceto os coletivos, que poderão ser renegociados.
Haverá limite para estas cobranças?
Sim, tanto para o formato franquia quanto de coparticipação haverá duas formas de “teto” na cobrança: o valor máximo pago pelo beneficiário ao longo de um ano não pode ultrapassar o valor correspondente a 12 mensalidades; e há limite mensal, em que o valor máximo pago pelo beneficiário a cada mês não pode ser superior ao valor da mensalidade.
E há limite para coparticipação?
Sim, a regra geral é que o máximo a ser cobrado do beneficiário não poderá ultrapassar 40% do valor do procedimento ou evento em saúde efetivamente pago pela operadora. No entanto, os limites poderão ser esticados em mais 20% em acordos ou convenções coletivas de trabalho (atingindo um total de 60% na coparticipação).
Como será a coparticipação e franquia em internação e emergência?
Somente poderá ser cobrado valor fixo e único no caso de pronto-socorro. O valor deverá ser previamente conhecido pelo beneficiário e não poderá ser superior a 50% do custo da mensalidade. Em internações, o valor será fixo e único e não poderá ser superior a 100% da mensalidade.
Quando as novas regras entram em vigor?
Em 180 dias a partir da publicação, ou seja, em 28 de dezembro. Quem assinar contratos de planos de saúde com coparticipação e franquia nesses seis meses antes de as normas entrarem em vigor ainda estarão sujeitos às regras antigas.
Todos procedimentos terão coparticipação?
Não. A nova norma estabelece que não poderá haver incidência de coparticipação e franquia sobre mais de 250 procedimentos, entre consultas, exames preventivos, de pré-natal e neonatal e tratamentos crônicos.
Fonte: Anahp
por Equipe 4 Health | jul 5, 2018 | Dicas para o RH
Como especialista em programas de benefícios corporativos eu posso afirmar que esta pergunta é uma das principais preocupações dos gestores de RH.
O que é necessário fazer para melhorar a percepção do grupo de colaboradores quanto ao pacote de benefícios oferecido pela empresa e torná-lo uma ferramenta de captação e retenção de talentos?
Quando saímos do circuito das grandes capitais, podemos comprovar que o universo de empresas que oferecem pacotes de benefícios no Brasil é proporcionalmente inferior ao das empresas que não adotam estas práticas.
Diante desta realidade, por que então, é tão difícil divulgar o valor destes programas?
Gostaria de compartilhar algumas impressões bastante particulares:
1) Os programas de benefícios, na maioria das vezes, são estruturados tomando como base a experiência e a visão dos gestores e não as necessidades do grupo de funcionários e os objetivos da empresa a médio e longo prazo.
2) A opinião dos principais usuários do programa, nem sempre é levada em consideração.
3) O pacote oferecido, regras de utilização e modo de usar não costumam ser detalhados e não sofrem atualizações periódicas.
4) A empresa não utiliza todas as ferramentas de comunicação necessárias para divulgar, multiplicar, esclarecer e atualizar o programa.
5) Por falta de comunicação e clareza, muitos benefícios não são usados em sua totalidade e acabam sendo esquecidos com o passar do tempo.
6) O grupo de usuários não é envolvido, nem tão pouco se responsabiliza pela gestão, não recebendo nenhum tipo de indicador sobre a evolução dos números, impacto da utilização, ganhos, perdas, o que fazer, o que evitar etc.
7) A empresa não divulga de forma clara o impacto financeiro de cada produto no salário do colaborador e o quanto ele pagaria caso tivesse que subsidiar cada benefício concedido, como pessoa física em 100%.
8) A importância do benefício que está sendo oferecido e o impacto mesmo sobre o grupo familiar do colaborador nunca é explorada.
9) Por outro lado, os canais para reclamação e apresentação de demandas são amplamente divulgados o que muitas vezes fragiliza os programas.
10) As empresas não costumam realizar pesquisas, periódicas, junto a concorrência e usuários para medir o grau de sucesso e relevância do programa de benefício.
Se ao analisar todas estas questões, você não encontrar nenhum ponto vulnerável que justifique a falta de valorização do seu programa de benefícios, eu sugiro que você revise o plano de comunicação, talvez o seu programa necessite de um planejamento na comunicação para que fique em destaque.
Eu costume dizer que o mais simples dos programas de benefícios pode ter um grande impacto se houver uma preocupação genuína da empresa durante a estruturação e divulgação do mesmo. As pessoas gostam de se sentir especiais, ouvidas e percebidas, sendo assim, a elaboração e manutenção de um programa arrojado deve passar por aí.
Um outro ponto que fragiliza qualquer programa é um clima organizacional ruim, nesta situação, toda e qualquer iniciativa, mesmo que sensacional, será avaliada ou percebida de forma de negativa pelo time de funcionários.
Um bom clima interno sempre favorecerá a comunicação, a valorização das iniciativas e o entendimento dos objetivos.
De nada adianta acreditar que se oferece o melhor quando o publico alvo, por razões diversas sente de outra forma.
Diante de toda essa reflexão eu quero destacar cinco pontos que trazem relevância para o programa de benefícios corporativos:
- Desenho baseado nos objetivos da empresa a curto, médio prazo e nas reais necessidades dos seus funcionários.
- Plano de comunicação com ações periódicas, inovadoras e capazes de comunicar de forma clara todos os pontos do programa, destacar os pontos positivos, apresentar e atualizar as informações pertinentes sempre que possível.
- Definir as responsabilidade e divulgar a importância do papel de cada um para um bom desempenho do programa.
- Estar aberto às novidades de mercado ou as modificações de desenho a partir do levantamento de novas necessidades.
- Ser rápido para agir e incorporar mudanças.
Desejo sucesso a todos vocês nessa jornada e muita criatividade para os desafios diários.
Sobre a autora:
Débora Carrera Maia é Sócia Diretora da 4Health Consultoria. Profissional de RH, especializada na gestão de programas de saúde e benefícios corporativos, atuando há mais de 26 anos nesse mercado junto a empresas nacionais e multinacionais, em diversos países.
por Equipe 4 Health | jul 2, 2018 | Notícias de mercado
Definir o orçamento necessário para se aposentar mantendo o padrão de vida atual e, a partir disso, planejar quanto precisará poupar agora para atingir a meta futura são os passos iniciais de quem quer garantir o sustento quando parar de trabalhar.
Tomar essas primeiras providências, no entanto, não tem se mostrado fácil para boa parte da população. Pesquisa encomendada pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) ao Instituto Ipsos aponta que metade dos brasileiros pretende se aposentar até os 64 anos, mas 48% não sabiam responder qual seria o valor da aposentadoria que receberiam.
Foram ouvidas 1.200 pessoas, com idades entre 16 e 60 anos, de 72 municípios durante o mês de abril.
Embora 60% tenham considerado necessário um plano complementar de previdência, 55% não souberam informar o percentual do salário que estariam dispostos a poupar por mês para garantir a aposentadoria.
“Essa mistura de falta de conhecimento sobre como funciona a previdência pública com a falta de conhecimento sobre instrumentos de poupança privada causa confusão. A gente vê um aspiracional, mas as pessoas não sabem exatamente como fazer essa conta”, diz Edson Franco, presidente da FenaPrevi.
Antes de começar a poupar para a velhice, é necessário já ter separado uma reserva de emergência, alocada em ativos de baixa volatilidade e boa liquidez.
“A previdência é um investimento de longo prazo, se a pessoa nem fez a reserva de emergência, vai começar a aplicar o dinheiro para a aposentadoria e vai precisar resgatar na primeira necessidade”, diz Angela Nunes, planejadora financeira certificada pela Planejar (associação dos planejadores financeiros).
Com a reserva garantida, o próximo passo é conhecer seu orçamento atual e, fazendo ajustes, projetá-lo para o futuro.
“Sabendo as despesas que tem, é possível simular quanto precisará lá na frente. Hoje, você pode ter filhos e gastar com escola. Então, pensa que, ao se aposentar, não terá mais esse gasto, mas as despesas com saúde serão maiores, por exemplo”, diz Nunes.
A partir de um orçamento futuro definido, calcula-se o valor que será coberto pela previdência pública, para quem contribui ao INSS, e quanto deve ser complementado por conta própria. Vale lembrar que, dificilmente, os poupadores conseguem se aposentar pelo teto da Previdência, hoje em R$ 5.645,81.
A pesquisa da Ipsos mostra que apenas 18% dos entrevistados disseram que planejam se sustentar quando aposentados com uma poupança ou previdência privada —11% ainda não sabem como farão.
Escolher um plano de previdência privada requer conhecer as diferentes modalidades.
Com um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é possível abater até 12% da renda tributável, desde que a pessoa contribua também ao INSS. Ele é indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda.
Caso contrário, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), considerado um seguro, é mais interessante, porque a tributação na hora do resgate incide apenas sobre o rendimento.
Na previdência privada, não há também o come-cotas, o desconto semestral de IR que ocorre nos fundos. “Esse valor que deixa de render nos fundos passa a ser uma diferença bastante significativa a partir de três anos de contribuição”, afirma Raphael Swierczynski, presidente da Ciclic, fintech digital de planos de previdência.
Em ambos os casos, no entanto, é preciso considerar os custos dos planos costumam ser salgados. Além da taxa de administração –que se recomenda não ultrapassar 1%–, há também a taxa de carregamento, cobrada geralmente no resgate para inibir saques antes do prazo.
Apostar todas as fichas em um único ativo não é indicado, principalmente em um cenário de taxas de juros baixas, como no Brasil, em que o investidor precisa se arriscar mais em busca de rentabilidade.
“A previdência não deve ser a única opção de um portfólio e envolve, necessariamente, visão de longo prazo, o que a torna menos vulnerável a momentos de incerteza como os vividos atualmente pela economia brasileira”, afirma Jorge Pohlmann Nasser, diretor presidente da Bradesco, Vida e Previdência e da Bradesco Capitalização.
Entre as opções menos arriscadas, Nunes cita títulos públicos de longo prazo. Se quiser uma rentabilidade maior, como o objetivo da aposentadoria é de longo prazo, “é possível colocar também parte do dinheiro em ativos de maior risco, como ações e fundos multimercado mais arrojados”, completa.
Na busca por ganhos maiores, com mais segurança e menos sacrifício para poupar, uma regra não muda: quanto antes começar, melhor. “Conforme o poupador vai chegando mais perto da aposentadoria, terá que reduzir a agressividade e buscar ativos mais conservadores.”
Autor: Anaïs Fernandes
Referência: Folha de São Paulo
Fonte: Capitólio Consulting