Ei, eu preciso de você!

Ei, eu preciso de você!

Já parou pra pensar que somos quase oito bilhões no mundo? Oito bilhões de pessoas vivendo, lutando, correndo, existindo…Oito bilhões que mal olham pro lado por estarem muito ocupadas. Afinal, o EU prevalece na multidão. Eu preciso de mais dinheiro, de mais coisas, mais oportunidades, mais conforto. Mas só eu; o outro não. E estamos tão acostumados a olhar para o próprio umbigo, que gastar um segundo olhando para o lado pode nos transformar. Na crônica de hoje a jornalista Aline do Valle conta uma experiência que aguçou essa percepção. Acompanhe!

Ouça todo o áudio deste texto, clique aqui.

É difícil ouvir que a gente não se importa com o outro, ou que a gente só olha pro próprio umbigo, não é? Mas você já parou para fazer algo por alguém hoje? Ou está tão absorvido em conseguir um aumento, quem sabe um emprego em que tenha mais destaque, estabilidade, conforto. Mas tudo pra você. Não pro outro. Afinal, de vez em quando a gente dá um dinheiro no semáforo, ou até manda roupas pra algum lugar carente e acha que já cumpriu o dever de bom cidadão.

Mas você sabe, não é assim. Faz pouco tempo que uma amiga me mostrou o que significa se doar por inteiro por alguém. Tive o privilégio de estar com ela no momento do parto que veio carregado de emoções de uma gravidez solitária, foi solitária, cheia de contratempos que podiam ter enfraquecido qualquer pessoa. Mas não a ela.

O que mais me chamou a atenção é que nas horas de maior dor, quando as contrações estavam tão fortes que ela não conseguia nem mesmo respirar, ela falava: “Vem filho. A mamãe te ama muito. Ela está te esperando”. Naquele momento parece que a força voltou . E foi naquela hora que os olhos da minha amiga brilharam de novo. E com uma força que ainda não tinha aparecido, ela foi até o final. Em poucos minutos, o bebê nasceu. Foi um momento lindo. De amor, de êxtase, de vitória!

Todo o esforço não foi por ela, mas por alguém que viria logo, logo. Nesse dia não só a histórias deles dois mudou. A minha também. Percebi que por mais forte que sejamos, sempre precisamos de apoio. Sempre precisaremos de alguém que acredita na gente, que está ali até mesmo para ser duro. Seja essa pessoa conhecida, ou não.

Minha amiga acreditou em mim e me escolheu pra esse momento e, provavelmente, nem tem ideia de que foi ela quem me ajudou. E não o contrário. Por isso, olhe pro lado, olhe pro outro, lembre que somos 2, 3, 10, 1000…quase oito bilhões no planeta e podemos transformar vidas e não apenas tentar viver uma só. Se doar por alguém, faz de nós verdadeiros seres humanos.

Por Aline do Valle

Fonte: Blog da Saúde – Saúde Crônica.

Mais da metade dos jovens acompanhados no SUS têm alimentação inadequada

Mais da metade dos jovens acompanhados no SUS têm alimentação inadequada

Dados do SISVAN apontam que muitos adolescentes têm alimentação com produtos industrializados e/ou processados

Os adolescentes acompanhados pelos serviços de atenção básica, do Sistema Único de Saúde (SUS), estão se alimentando mal. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apontaram que, em 2017, 55% deles consumiram produtos industrializados regularmente, como macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado. Além disso, 42% desses jovens ingeriram hambúrguer e/ou embutidos; e 43% biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Os números foram divulgados nesta terça-feira (16/10), data que é comemorada o Dia Mundial da Alimentação, e vem como um alerta para a má alimentação por esta parcela da população.

Para o coordenador-substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, os jovens precisam se atentar mais à alimentação adequada. “Dados revelam que adolescentes com obesidade aos 19 anos têm 89% de chance de ser obeso aos 35 anos, por isso é necessário investir na promoção de uma alimentação adequada e saudável, especialmente na infância e na adolescência, tendo em vista a relação de práticas alimentares inadequadas com o aumento da obesidade na população.”

O balanço também trouxe dados por região, que mostram que o Sul do país é o que apresenta a maior quantidade de jovens consumindo hambúrguer e/ou embutidos; macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado, com 54% e 59% respectivamente. Já o Norte vem com o menor percentual nesses dois grupos, com 33% e 47%, respectivamente. Quando o assunto são biscoitos recheados ou guloseimas, a região Sul, também está na frente (46%), mas empatada com os jovens nordestinos (46%).

Quando falamos por sexo, os percentuais mostram que o consumo de industrializados, fast foods e alimentos doces recheados/guloseimas não se diferenciam muito, sendo um pouco maior nos meninos. O primeiro grupo alimento, por exemplo, é consumido por 58% deles, enquanto as adolescentes representam 54%. O segundo é alimento de 41% dos jovens do sexo masculino e 38% do feminino. Já os recheados, são preferência de 42% deles e 41% delas.

Os maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso dos adolescentes. Números da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) trouxeram que 7,8% dos adolescentes das escolas entre 13 e 17 anos estão obesos, sendo maior entre os meninos (8,3%) do que nas meninas (7,3%). O Sisvan revela que 8,2% dos adolescentes (10 a 19 anos) atendidos na Atenção Básica em 2017 são obesos.

ALIMENTAÇÃO DOS ADULTOS

Os brasileiros adultos já demonstram hábitos mais saudáveis, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, do Ministério da Saúde. Isso porque, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 4,8% (de 2008 a 2017), e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 52,8% (de 2007 a 2017).

A pesquisa percebeu, também, que a ingestão regular (em 5 ou mais dias na semana) destes alimentos aumentou em ambos os sexos, mas o crescimento geral ainda foi menor que 5,0% no período de 2008 a 2017. Quando observado o consumo recomendado, 5 ou mais porções por dia em cinco ou mais dias da semana, houve aumento de mais de 20% entre os adultos de 18 a 24 anos e 35 a 44 anos. Os dados apontaram, também, uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu de 67,6% em 2011 para 59,5% em 2017.

→ Ouça aqui: Alimentação saudável desembale menos descasque mais recomenda saúde.

→ Leia aqui: 10 maneiras de seguir uma alimentação saudável.

INCENTIVO A HÁBITOS SAUDÁVEIS

O incentivo para uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Para apoiar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, o Ministério da Saúde publicou em 2014 o Guia Alimentar para a População Brasileira que traz as diretrizes nacionais e as recomendações sobre alimentação adequada e saudável. Dentre elas, a regra de ouro que facilita a aplicação das recomendações – “Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”.

Para proteger trabalhadores(as) do Ministério da Saúde e de outros órgãos, a pasta publicou uma Portaria proibindo venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do Ministério. O órgão também participou da assinatura da portaria de Diretrizes de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável no Serviço Público Federal. Sugerida pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, a diretriz orienta formas da alimentação adequada e saudável nos ambientes de trabalho do serviço público federal. Além disso, constrói uma campanha pela adoção de hábitos saudáveis chamada Saúde Brasil.

O Ministério da Saúde também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março de 2017 em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.  Outras iniciativas que buscam proteger indivíduos e coletividades apoiam-se na prevenção de danos e riscos ocasionados por ambientes desfavorecedores de uma prática alimentar saudável.

Destacamos ações realizadas no ambiente escolar, como o Programa Saúde na Escola que orienta a articulação no território entre os profissionais de saúde da Atenção Básica e os profissionais da escola para desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de doenças como obesidade, por exemplo e a implementação de normas e regulamentações para cantinas de escolas públicas e privadas com objetivo de limitar a venda de alimentos não saudáveis, considerando que o ambiente em que crianças e adolescentes fazem suas escolhas alimentares precisa favorecer as opções saudáveis e protegê-los dos fatores que contribuem para as doenças relacionadas à alimentação.

As cantinas escolares que muitas vezes oferecem alimentos de baixo valor nutricional contribuem para escolhas não saudáveis pelas crianças e, é papel do estado priorizar o ambiente escolar como um dos espaços para o desenvolvimento de estratégias de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável.

Autor:  Victor Maciel, da Agência Saúde

Fonte: Portal do Ministério da Saúde

Foto: Schantalao

O que os pacientes realmente esperam

O que os pacientes realmente esperam

Experiência do Paciente (PX) merece atenção: as mudanças nos modelos financeiros da saúde estão levando a um maior poder de escolha do paciente. Com o aumento da idade da população, os cuidados com a saúde tornam-se uma parte mais regular de nossas vidas, e a tecnologia e inovação tem um papel disruptivo em todos os aspectos da saúde.

Os analistas do The Beryl Institute divulgaram recentemente os resultados das pesquisas que realizaram sobre PX, incluindo grupos focais seguidos por uma pesquisa online com 2.000 consumidores de saúde em cinco países. Em seu relatório, Consumer Perspectives on Patient Experience 2018, revela o que os pacientes realmente querem e porque as empresas de saúde precisam prestar atenção. Eles mostram que, enquanto a indústria da saúde pode até estar preocupada com a qualidade do cuidado e empatia através dos cuidados que prestam aos pacientes, os pacientes estão procurando provedores que, de fato, entendam a humanidade.

PX é importante para praticamente todos

A pesquisa do Instituto Beryl descobriu que mais de 90% dos entrevistados acreditam que PX é importante, com 59% dizendo que é “extremamente importante”. Isso porque, segundo os entrevistados: “minha saúde e bem-estar são importantes para mim.” Embora esse achado não seja surpreendente, os pesquisadores observam que esse dado em si reforça a natureza única e significativa dos cuidados de saúde. A experiência do paciente só se tornará mais importante para mais pessoas à medida que envelhecerem e tiverem mais necessidades de cuidados de saúde.

O PX também é importante porque as expectativas das pessoas foram levantadas em outras áreas de suas vidas, como varejo e hospitalidade. A maioria das organizações de saúde continua a operar com uma abordagem orientada a provedores e pagadores, quando deveriam estar modelando processos de PX seguindo experiências de clientes em outros setores. Mesmo que as pessoas não se considerem clientes em um ambiente de saúde, o Beryl Institute descobriu que os pacientes esperam “uma experiência que os trata de certa maneira e reconhece quem eles são como pessoas no processo”. O Instituto Beryl conclui “As lideranças de saúde seriam ingênuas em pensar que eles não estão sendo comparados com as outras experiências que as pessoas estão tendo.”

O que os pacientes realmente querem

Os pesquisadores queriam entender o que o PX realmente significa para os consumidores de saúde, então perguntaram aos entrevistados em que medida eles acreditavam que várias áreas faziam parte da experiência do paciente e o que era importante para eles. Eles descobriram que a definição de PX das pessoas representa a natureza integrada de um encontro de saúde. É a soma de todas as interações que alguém tem em toda a continuidade do atendimento, “através de pontos de contato e transições, em qualidade, segurança e esforços de serviço, nas implicações de custo e na questão do acesso”, informa o Instituto Beryl.

O aspecto mais importante de ter uma boa PX, eles descobriram, é que as pessoas que cuidam “escutam você”, com 71% dizendo que isso é “extremamente importante” e 24% mais dizendo que é “muito importante”. “Comunicar-se claramente de uma maneira que você possa entender” e “tratá-lo com cortesia e respeito” também foram avaliados em 95% como extremamente ou muito importantes. Isso sugere que ser tratado como pessoa é a maior prioridade para os pacientes.

Os outros aspectos que foram classificados como altamente importantes para os profissionais de saúde, como “Dar confiança em suas habilidades”, “Levar sua dor a sério” e “Fornecer um plano claro de cuidado e razões para as suas ações”, reforçam a importância da conexão pessoal e humana em PX. Também “um ambiente de saúde que seja limpo e confortável”, “a capacidade de agendar uma consulta ou procedimento dentro de um período de tempo razoável” e “um processo de alta/próximas etapas do tratamento sejam claramente explicadas”, foram classificados em alta importância.

Pacientes querem ver compaixão e empatia em ação

Juntos, esses motivadores de PX fazem uma distinção sobre o que as organizações de saúde devem abordar, diz o Instituto Beryl. Eles observam que “o uso da linguagem usada na saúde, como ‘centrada no paciente’, onde a terminologia e a prática parecem representar uma visão de dentro para fora, ou seja, as organizações de saúde dizem que devem ser centradas no paciente ou fornecer empatia e compaixão, mas o que os consumidores querem são as ações tangíveis que exemplificam essas práticas”. De fato,“ expressar empatia e compaixão ”foi classificada como de menor importância (84%). Isso indica claramente que as pessoas não querem que os profissionais de saúde digam que são compassivos ou compreensivos, querem que os profissionais de saúde escutem e ajam de maneira a demonstrar claramente que se importam e compreendem.

As organizações de saúde também devem observar que mais de dois terços dos entrevistados classificaram aspectos muito ou extremamente importantes do ambiente, incluindo “uma unidade de saúde na qual você pode encontrar o caminho facilmente (por exemplo, sinalização clara, informações etc.)” e “um serviço de saúde que ofereça estacionamento”. Isso reforça o fato de que as pessoas esperam dos serviços de saúde o mesmo nível de desempenho de suas experiencias em outros lugares – e esses pontos contribuem para uma PX que realmente atende às necessidades dos pacientes.

PX Importa

O Instituto Beryl perguntou às pessoas o que elas ou alguém que conheciam, tiveram como atitude frente a uma experiência de cuidados de saúde positivos e negativos. Para experiências positivas, 73% – a porcentagem mais alta – responderam que “continuariam a usar o mesmo médico ou organização”. Isso sugere que o PX tem o potencial de aumentar a lealdade e influenciar a escolha do paciente.

A principal ação relatada após uma experiência negativa (76%) foi que as pessoas disseram que contariam aos outros – isso superou em muito as outras opções de resposta para uma experiência negativa, e é semelhante à porcentagem de pessoas que dizem compartilhar com os outros sobre uma experiência positiva (70%). Juntos, esses resultados indicam que as pessoas estão contando as histórias sobre sua experiência, boas ou ruins, em pelo menos 7 de cada 10 encontros de atendimento médico. O Instituto Beryl conclui: “Esta talvez seja uma das oportunidades de marca mais significativas para as organizações de saúde hoje … As organizações de saúde deveriam estar se perguntando: ‘Qual é a história que procuramos criar na experiência que fornecemos e o que queremos que os outros digam sobre nós?”

Conclusão

O relatório do Beryl Institute inclui outros insights sobre como as pessoas visualizam a experiência do paciente, incluindo diferenças e semelhanças entre os entrevistados de diferentes gerações e de diferentes países. A conclusão geral de todas as descobertas, no entanto, volta-se para a necessidade de as organizações de saúde entenderem que as pessoas não são apenas participantes passivos em uma transação de cuidados ou simplesmente recebedores de cuidados, e não querem ser tratadas como tal. Ao contrário, os pesquisadores dizem que os pacientes são “parceiros em uma conversa de cuidado, que devem ser reconhecidos e cuidados como pessoas em uma experiência de saúde”. Entender isso e projetar essa experiência requer uma mudança fundamental de mentalidade entre os provedores de saúde.

Segundo o The Beryl Institute: “A experiência não é algo a ser dado como garantido, não é apenas uma ideia nas bordas mais suaves da saúde, mas sim no coração e tem impacto significativo e implicações sérias para como a saúde será levada para o futuro. ”

Fonte: Saúde Business

Contratação de corretora de seguros ou consultoria de benefícios

Contratação de corretora de seguros ou consultoria de benefícios

Existe um assunto desconfortável no mercado de benefícios, mais diretamente relacionado ao plano de saúde, plano dental, seguro de vida e programas de qualidade de vida que é a nomeação de uma nova corretora. Geralmente esta decisão ocorre porque a corretora atual não atende as demandas da empresa contratante ou por algum outro motivo de caráter politico. Não raras vezes, a empresa se surpreende ao descobrir que não tem autonomia para mudar de corretora, no momento que deseja.

A regra para mudança de corretora, praticada por todas as operadoras e seguradoras do mercado, ainda é desconhecida de muitos, até mesmo porque não existe quase nenhum material oficial a disposição para consulta.

Antes de mais nada é importante destacar que trata-se de uma prática de mercado que é observada, a risca, por todas as corretoras, operadoras e seguradoras do país, em contra partida, não existe uma regra formal sobre o assunto.

Destacamos que a corretora costuma ser remunerada diretamente pela operadora/seguradora contratada, que pratica uma tabela de comissão própria, onde os valores estabelecidos estão embutidos no valor do produto. Sendo assim, quem patrocina o pagamento de verdade é a empresa contratante e a seguradora/operadora efetua o pagamento, diretamente a corretora.

Infelizmente, este assunto ainda não é tratado com a transparência devida e por isso listamos abaixo, algumas das dúvidas mais frequentes:

1) Sempre que uma empresa compra um plano de saúde, dental ou seguro de vida é obrigatório efetivar a transação através de uma corretora de seguros?

Quando se trata de seguro de qualquer natureza, existe uma exigência de que a efetivação da transação ocorra através de uma corretora de seguros. Para outros produtos, as práticas mudam conforme a empresa que está oferecendo o serviço.

Podemos afirmar que a maior parte das operadoras do mercado sugerem que a contratação seja efetivada através de uma corretora, porém, algumas delas, ainda permitem a venda de seus produtos através de canais diretos o que não implica em uma vantagem para o contratante,

2) Como se efetiva a contratação de uma corretora de seguros ou consultoria de benefícios?

A nomeação de uma corretora de seguros ou consultoria de benefícios pode ocorrer em cinco momentos distintos:

2.1 No momento da contratação de um novo plano de saúde, dental ou seguro de vida.

2.2 Quando a empresa muda ou contrata um novo produto, geralmente, a corretora que faz a intermediação desta negociação já é automaticamente nomeada como corretora da conta. Isto significa que pelos próximos 12 meses ou enquanto a empresa contratante não se pronunciar, está corretora responderá pela conta da mesma e deverá oferecer serviços de especializados de gestão em troca.

2.3 No aniversário do contrato

Trinta dias antes do aniversário do contrato vigente, a empresa contratante deverá comunicar através de uma carta, modelo específico, a transferência de corretagem, ou seja, a nomeação da nova corretora para a seguradora/operadora contratada e para a corretora que será destituída. A partir do primeiro dia do aniversário do contrato a corretora eleita passara a oferecer os serviços respectivos a empresa contratante.

2.4 A qualquer momento, com autorização da corretora atual

Nesta situação a empresa também precisa comunicar oficialmente a corretora, porém, esta deverá oficializar o seu de acordo nesta mesma carta. A seguradora/operadora também deverá ser comunicada e exigirá o documento que comprove o de acordo da antiga corretora. Se tudo isto ocorrer, passados trinta dias deste processo a nova corretora nomeada passará atender a conta. Caso a corretora atual se negue a realizar a transferência, a empresa em questão deverá aguardar o aniversário do contrato ou a corretora eleita poderá atender a empresa contratante sem receber remuneração alguma até o próximo aniversário, uma vez que a antiga corretora, continuará sendo remunerada por conta dos prazos não observados pela empresa contratante.

2.5 A qual momento, sem o e acordo da corretora atual e sem remuneração

Nesse caso existe um protocolo oficial de cada operadora / segurado e a corretora eleita deve ter aceitado em trabalhar um período sem remuneração.

Regularizando a situação no próximo aniversário do contrato.

3) Quais benefícios uma empresa poderá obter ao eleger uma corretora/consultoria de benefícios?

Quando a corretora/consultoria de benefícios é experiente, atuante e consciente do seu papel, uma forte parceria se estabelece e a empresa contratante passa a contar com um time de especialistas que passarão a trabalhar com foco direcionado no programa da empresa e que buscarão incessantemente alcançar os resultados propostos, além de oferecer suporte profissional e consistente em todas as situações. Outro ponto positivo é que as negociações com a seguradora/operadora deixam de ser unilaterais e passam a ser mais técnicas e baseadas nas tendências e reais necessidades da empresa.

Incentivamos que, antes da contratação de uma nova corretora, os itens abaixo sejam observados:

  • Análise criteriosa do pacote de serviços da corretora, forma de trabalho e referências de clientes.
  • A emissão de um contrato, em paralelo, a fim de garantir a entrega dos serviços que foram vendidos.
  • Busque fazer a sua escolha da forma mais neutral, profissional e ética possível.

E o mais importante de tudo: acredite na existência de prestadores de serviços especializados, com alto grau de especialização e capacidade de agregar valor ao negócio da sua empresa.

Boa sorte!

Sobre a autora:

Débora Carrera Maia, é Sócia Diretora da 4Health Consultoria. Profissional de RH, especializada na gestão de programas de saúde e benefícios corporativos, atuando há mais de 26 anos nesse mercado junto a empresas nacionais e multinacionais, em diversos países.
Atendimento em rede pública no exterior

Atendimento em rede pública no exterior

Quantidade de certificados emitidos cresceu 329% nos últimos 5 anos. Número já ultrapassou os 40 mil, só neste primeiro semestre

Você sabia que os brasileiros que tiverem como destino Portugal, Itália e Cabo Verde têm direito ao atendimento médico nos sistemas da rede pública de saúde desses países? Isso acontece devido aos Acordos Multilaterais e Bilaterais entre o Brasil e esses três países. O acesso é garantido por meio do Certificado de Direito à Assistência Médica – CDAM, que pode ser solicitado nos núcleos estaduais e na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. Nos últimos cinco anos, a retirada do CDAM por brasileiros cresceu 329%, passando de 10.868 certificados emitidos para 46.687.

O CDAM garante ao viajante atendimento nos hospitais públicos das respectivas nações como se fosse cidadão local. Pode requerer o documento o viajante nascido no país, naturalizado ou estrangeiro residente no Brasil e que esteja contribuindo com a Previdência Social. A medida se restringe aos serviços públicos de saúde.  Ou seja, se nesses países, os nativos pagarem por um procedimento hospitalar, o brasileiro também deverá pagar em igual característica. Da mesma forma, os procedimentos gratuitos aos nativos também serão gratuitos aos brasileiros portadores do CDAM.

No Brasil, no primeiro semestre deste ano, já foram emitidos 40.753 CDAM’s. Nos últimos anos, muitos brasileiros já emitiram o certificado. A retirada deste documento no país teve alta de 329% nos últimos cinco anos, saltando de 10.868 para 46.687 certificados emitidos.

SAIBA COMO TER ACESSO AO CDAM

Para ter acesso ao CDAM na Itália e em Cabo Verde, os aposentados e pensionistas, celetistas, empregadores, empregados domésticos, autônomos, avulsos e temporários têm que contribuírem com a Previdência Social (INSS), além de seus dependentes (menores de 21 anos) e cônjuges. Já em Portugal, todo brasileiro tem direito de obter, independente da contribuição ao Instituto de Seguridade. O certificado é emitido, independente do motivo da viagem (turismo ou estudo, por exemplo), ou do tempo de duração.

O CDAM tem validade de um ano, para qualquer país, podendo ser renovado quantas vezes for necessário. Para a retirada do certificado, o Ministério da Saúde solicita os seguintes documentos: RG; CPF; passaporte; e comprovante de residência brasileiro. Já para Itália e Cabo Verde, além da documentação citada, exige-se a comprovação do vínculo com o INSS. A solicitação deve ser feita presencialmente em qualquer um dos Núcleos Estaduais do Ministério da Saúde, localizados nas capitais dos estados brasileiros.

Vale lembrar que o certificado não substitui o seguro internacional particular de saúde. Não garante, também, transporte de corpo, nem translado para onde o portador do certificado deseja atendimento, bem como qualquer tipo de ressarcimento de valores eventualmente cobrados dos clientes quando em território estrangeiro.

SAÚDE DO VIAJANTE

Para que você tenha uma ótima viagem, seja qual for o seu destino, e leve de volta para casa, apenas boas recordações, o Ministério da Saúde dispõe de dicas práticas e informações essenciais que vão ajudar a proteger a saúde do viajante e tornar as viagens mais agradáveis e tranquilas. No portal do Ministério da Saúde, na página Saúde do Viajante, o internauta poderá ter acesso às informações para ajudar no planejamento de quem pretende passar um tempo fora de casa ou do país. O portal apresenta orientações para preparação, durante e pós-viagem, tanto para brasileiros no exterior como para estrangeiros que viajam pelo Brasil.

Neste site há uma série de cuidados gerais que as pessoas devem seguir antes da viagem e no destino. Dentre as orientações está procurar um médico, entre quatro e oito semanas antes de viajar, para solicitar informações sobre cuidados de prevenção de doenças e lesões. Já quem precisa fazer uso de medicamentos durante a viagem deve portar a prescrição médica e levar a quantidade suficiente para todo o período. Se interessou? Navegue pelo portal e veja todas as dicas. Proteger a saúde é fundamental para ter uma viagem saudável e tranquila.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde

Fonte: Portal do Ministério da Saúde