por Equipe 4 Health | jun 4, 2018 | Notícias de mercado
Cerca de 70% mulheres em estágio inicial de câncer de mama não precisam fazer quimioterapia.
A conclusão é de uma ampla pesquisa internacional que demonstrou que tratamento hormonal é tão eficiente quanto a quimioterapia para grande parte dos casos de tumores mamários que ainda não se espalharam pelo corpo.
“Poderemos poupar centenas de milhares de mulheres de um tratamento tóxico e agressivo que, na realidade, não as beneficia”, disse ao New York Times a médica Ingrid A. Mayer, da Vanderbilt University Medical Center, autora do estudo.
Conforme a pesquisadora, testes de genes em amostras de tumores são capazes de identificar quais mulheres podem abrir mão da quimioterapia com segurança, após passar por cirurgia, e usar somente drogas que bloqueiam a produção de estrogênio.
Atualmente, mulheres que recebem uma nota de baixo risco nesses testes são informadas de que não precisam fazer quimioterapia. As que recebem nota alta- pelo fato de os tumores serem de tipo mais agressivo- precisam fazer quimio.
Mas a maioria das pacientes recebe resultados intermediários e é aconselhada a fazer o tratamento agressivo, por via das dúvidas. Muitas vezes a quimioterapia é combinada com o tratamento hormonal.
A pesquisa chamada TAILORx, que foi apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology), em Chicago, e publicada na New England Journal of Medicine, demonstrou que essas mulheres têm a mesma chance de sobrevivência com ou sem quimioterapia.
O percentual de sobrevivência após nove anos é de 93,9% sem quimioterapia e de 93,8% com a quimioterapia. O teste genético, para saber se o tratamento é necessário ou não, é feito em amostras de tumores de mama, após a retirada por cirurgia.
Só para câncer em estágio inicial
O resultado do estudo diz respeito apenas a câncer de mama no estágio inicial, ou seja, aquele que ainda pode ser tratado por terapia hormonal e que não se espalhou para os nódulos linfáticos, nem contém mutação no gene HER2, que faz com que o tumor cresça mais rapidamente.
Além disso, as mulheres devem ter recebido nota entre 11 e 25 num teste usado para medir a atividade dos genes presentes no tumor. Portanto, cada caso deve ser analisado com cautela, para verificar o melhor tratamento.
Todos os dias, mulheres com esse tipo de câncer de mama se veem diante do terrível dilema de decidir se vão ou não fazer o quimioterapia, sem ter dados suficientes e assertivos sobre resultados”, diz Rachel Rawson, da ONG Breast Cancer Care, voltada a pesquisas e tratamentos de câncer.
“(Essa pesquisa) é transformadora e uma ótima notícia já que poderá liberar milhares de mulheres da agonia da quimioterapia.”
Tumor que mais causa mortes no Brasil
No Brasil, o câncer de mama é o tumor que mais causa mortes entre as mulheres.
De acordo com o Grupo de Estudos do Câncer de Mama, por ano, em torno de 52.680 novos casos de tumor de mama são diagnosticados- 52 mulheres em cada 100 mil serão diagnosticadas com câncer de mama ao longo de suas vida. 13.000 pacientes morrem anualmente.
Esse tipo de câncer é relativamente raro antes dos 35 anos. Acima dessa idade, a incidência da doença cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Referência: BBC Brasil
Fonte: Anahp
por Equipe 4Health | maio 28, 2018 | Notícias de mercado
Dois novos testes baseados em inteligência artificial chegam ao Brasil e evidenciam como a tecnologia torna os diagnósticos precisos e cria tratamentos sob medida.
Eles começam a mudar tudo na saúde. Para citar algumas das transformações: tornam o diagnóstico preciso, ajudam a desenhar tratamentos para cada paciente, a levar o cuidado a regiões distantes e a encontrar remédios eficazes em tempo recorde. Na saúde, assim como em outras áreas da vida contemporânea, os robôs revolucionam. “Seu uso é um ponto de virada na medicina”, afirma o médico Gregg Meyer, do Massachusetts General Hospital, da Universidade Harvard (EUA), e um dos mais respeitados estudiosos do assunto. Na edição deste ano do Fórum de Inovação Médica Mundial, realizada recentemente em Boston, o tema foi um dos destaques, reunindo 1,5 mil pessoas só para debatê-lo.
Robô é o nome palatável encontrado para definir os complexos sistemas de algoritmos que baseiam a inteligência artificial. Em linhas gerais, trata-se da utilização do maior número possível de dados disponível sobre determinado assunto, seu cruzamento e, como consequência, a identificação de padrões. Na saúde, as informações geradas no processo esclarecem ou confirmam suspeitas diagnósticas e indicam a resposta do paciente ao tratamento. Além dos ganhos médicos, reduzem os custos ao evitar gastos em terapias desnecessárias.
Já é possível ver exemplos assim na prática. No Brasil, duas das principais novidades dizem respeito aos diagnósticos. O Grupo Dasa — reúne alguns dos principais laboratórios de exames do País — acaba de fazer uma parceria com hospitais de Harvard para a implantação de um sistema que tornará mais preciso o diagnóstico de câncer de próstata, o mais incidente entre os homens brasileiros.
Boa parte dos casos é pouco agressiva e cresce muito lentamente. Porém, a dificuldade em determinar qual tumor foge à regra muitas vezes leva a tratamentos desnecessários e lesivos. Com a tecnologia, as imagens obtidas em exames de ressonância magnética serão analisadas com base em banco de dados das instituições. A conclusão apontará o grau de malignidade. “O médico receberá um laudo com todas as informações. Terá mais recursos para decidir a terapia adequada”, explica o radiologista Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica do grupo.
Genômica
No laboratório Fleury, começou a ser oferecido o primeiro exame com inteligência artificial do pioneiro programa Watson para Genômica, uma das aplicações de inteligência artificial da IBM. O teste avaliará o perfil genético da amostra tumoral e apontará, em segundos, as pesquisas mais recentes com opções em estudo para o caso. “O resultado ajudará o médico a saber, por exemplo, se o paciente tem condições para entrar em uma investigação sobre uma nova droga”, diz Edgar Rizzati, diretor executivo do Fleury.
Um dos maiores benefícios dos robôs da saúde é atender à necessidade específica do paciente. “O caminho é adotarmos uma medicina cada vez mais personalizada”, afirma a médica Ana Grubba, diretora de Marketing da Roche Diagnóstica Brasil.
Referência: Revista Isto É
Fonte: Anahp
por Equipe 4Health | maio 23, 2018 | Notícias de mercado
Excesso de peso e diabetes 2 avançam em ritmo acelerado e, em 27 anos, podem acometer, respectivamente, 30% e 12,5% da população mundial. Estudo alerta ainda sobre a urgência de adoção de programas mais efetivos contra as duas doenças
Em menos de três décadas, um quarto da população mundial terá obesidade e uma em cada oito pessoas sofrerá de diabetes 2. A previsão é de um estudo apresentado ontem pela Universidade College London e pelo Centro de Diabetes Steno, da Fundação Novo Nordisk, no Congresso Europeu de Obesidade, em Viena. De acordo com os autores, esse será o cenário global caso a tendência atual de avanço do excesso de peso se mantenha.
Nos cálculos dos especialistas, se nada for feito para parar essa curva ascendente, daqui a 27 anos, o número de pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 estará 14% maior em relação a 2017, e a quantidade de pacientes com diabetes 2 sofrerá aumento de 9%. Hoje, tanto a obesidade quanto a doença crônica, caracterizada pela não produção ou dificuldade de fabricação de insulina, já são consideradas epidemias: 650 milhões de pessoas estão com o peso acima do considerado saudável, enquanto 425 milhões têm diabetes 2, condição responsável por 12% dos gastos globais com saúde pública.
Para chegar à previsão, os pesquisadores utilizaram os dados de 2000 a 2014 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem informações sobre todos os membros das Nações Unidas. A população dos países foi dividida em dois grupos etários, que, por sua vez, foram subdivididos em categorias de IMC. Esse índice, calculado pelo peso em quilos dividido pela altura ao quadrado, considera que o indivíduo tem sobrepeso quando está entre 25-29,9kg/m²; obesidade I, de 30 a 34,9kg/m²; obesidade II, de 35 a 40kg/m²; e obesidade III, acima de 40kg/m².
Pesquisadores defendem que existem cinco tipos de diabetes
A partir das estatísticas da Federação Internacional de Diabetes, os especialistas calcularam a prevalência de obesidade e diabetes II, concluindo que, para evitar a explosão de casos das duas condições, é preciso reduzir em 25% o número de pessoas com excesso de peso até 2045.
Além dos dados globais, os pesquisadores apresentaram dados específicos de oito países — China, Canadá, Dinamarca, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, África do Sul e México — que, de acordo com eles, são representativos da população mundial. O cenário norte-americano é o mais alarmante. Se nada for feito, daqui a 27 anos, 54% dos habitantes do país estarão com obesidade (hoje, esse índice é 38,5%), e 17,6% terão diabetes (atualmente, são 14,4%).
Dos países em desenvolvimento, o México é o mais problemático: a estimativa é de obesidade em 2045 é de 47,1%, e de diabetes, de 15,4% (atualmente, os percentuais são, respectivamente, 30,6% e 10,5%). O trabalho apresentado não destaca os números brasileiros, mas, segundo o Ministério da Saúde, a obesidade avançou 60% entre 2006 e 2016, com 18,9% da população apresentando IMC acima de 30. Ao mesmo tempo, os diagnósticos de diabetes 2 aumentaram de 5,5% para 8,9% no período, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
Basta o sobrepeso
A endocrinologista Cristiane Moulin, médica da clínica Metasense e secretária executiva da regional DF da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem-DF), explica que, hoje, já se fala em epidemia de diabesidade, termo cunhado para explicitar a forte associação entre os dois problemas. “Um dos principais fatores de risco de diabetes 2 é o excesso de peso”, diz.
Segundo ela, nem é preciso estar obeso: o sobrepeso é suficiente para desencadear alterações metabólicas sérias que podem levar ao desenvolvimento da doença crônica. Mais de 80% dos pacientes de diabetes, diz a médica, estão com sobrepeso, não com obesidade. “Mas o risco aumenta exponencialmente, de acordo com o grau de obesidade”, complementa.
Cristiane Moulin esclarece que são muitas as vias que fazem com que a gordura corporal em excesso contribua para aumentar o risco de diabetes, incluindo a falência das células beta no pâncreas sobrecarregado por tecido adiposo e a perda de capacidade do fígado de metabolizar o ácido graxo, quando há gordura visceral, aumentando a resistência do organismo à insulina.
Embora o diabetes tenha um componente genético, a secretária executiva da Sbem-DF esclarece que essas associações ocorrem independentemente de predisposição. O contrário também é verdade: quando se perde peso por meio de mudanças dos hábitos alimentares e de exercícios físicos, o risco de desenvolvimento da doença é reduzido, e mesmo quem já está com a condição instalada tem melhora de vários processos metabólicos alterados pelo diabetes e pela obesidade.
Desafio global
“Esses números destacam o desafio impressionante que o mundo enfrentará no futuro em termos de quantidades de pessoas que são obesas, ou têm diabetes tipo 2, ou ambos. Além dos desafios médicos que essas pessoas enfrentarão, os custos para os sistemas de saúde serão enormes”, disse, em nota, o principal autor do trabalho, Alan Moses, da Fundação Novo Nordisk. “Prevemos que a prevalência global de obesidade e diabetes aumente drasticamente, a menos que a prevenção da obesidade seja significativamente intensificada. O desenvolvimento de programas globais efetivos para reduzir a obesidade é a melhor oportunidade para retardar ou estabilizar a prevalência insustentável do diabetes. O primeiro passo deve ser o reconhecimento do desafio que a obesidade representa, e a mobilização de serviços sociais e de recursos de prevenção para retardar a progressão dessas duas condições”, observou.
A endocrionologista Cristiane Moulin concorda que o trabalho não é fácil, especialmente quando o excesso de peso já está instalado. “A luta é muito grande, e o mais fácil é tratar da prevenção, evitando que as pessoas evoluam para sobrepeso e obesidade. Uma vez que elas evoluam, conseguir emagrecer e se manter magro é mais difícil, embora não seja impossível”, diz. Para a médica, em termos de saúde pública, é preciso investir recursos no tratamento dessas pessoas, pois os custos com as comorbidades da obesidade, que vão além do diabetes, são ainda mais altos.
Por Paloma Oliveto
Fonte: Correio Braziliense (Ciência e Saúde)
por Equipe 4Health | maio 10, 2018 | Notícias de mercado
Neste dia das mães, ANS reforça diretrizes da OMS sobre parto
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou este ano uma série de diretrizes para orientar os serviços de saúde sobre cuidados essenciais durante o parto. As recomendações buscam garantir assistência de boa qualidade às gestantes e aos bebês através de protocolos clínicos baseados em evidências científicas. Destacam a importância dos cuidados centrados na mulher para otimizar a experiência do parto por meio de uma abordagem abrangente, baseada no respeito aos direitos humanos, e apresentam um modelo global de cuidados que leva em conta a complexidade e a diversidade dos modelos vigentes de atenção ao parto e nascimento em diferentes países.
Dentre as orientações da OMS, estão questões relacionadas ao tratamento dispensado à gestante antes, durante e depois do parto, comunicação efetiva dos direitos da mãe e do bebê, duração e progressão do período de dilatação, técnicas de relaxamento e controle da dor, entre outros cuidados importantes ao longo do trabalho de parto, nascimento e puerpério.
Nesta semana dedicada a homenagear as mães, a ANS reforça, dentre esse conjunto de diretrizes, três importantes recomendações que também fazem parte do pacote de mudanças efetuadas pelas maternidades brasileiras que integram o Parto Adequado. O projeto, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em parceria com o hospital Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), visa identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, reduzindo o número de cesarianas desnecessárias por meio de mudanças nas práticas de cuidado e na conscientização de gestantes e de toda a rede de atenção obstétrica sobre os benefícios do parto normal.
Clique aqui e saiba mais sobre o Projeto Parto Adequado.
Confira as recomendações selecionadas pela ANS:
1 – A velocidade da dilatação do colo do útero de 1 cm/hora durante o trabalho de parto pode não ser acurada para todas mulheres e esse não pode ser considerado como único parâmetro para a indicação de intervenções médicas, tais como uso de ocitocina para acelerar o trabalho de parto e cesariana. É esperado que a velocidade de dilatação do colo ocorra naturalmente em menor velocidade até que se atinja 5 cm de dilatação, por isso o projeto Parto Adequado recomenda que os hospitais adiem a internação da mulher até que esteja idealmente na fase ativa do trabalho de parto, com 4 cm a 5 cm de dilatação e desenvolva estratégias para apoio acolhimento e suporte à mulher que já está tendo contrações, mas ainda não está na fase ativa. O partograma também deve continuar a ser preenchido, mas outros parâmetros devem ser considerados para avaliação da necessidade de intervenção, incluindo frequência cardíaca fetal, contrações uterinas, características do líquido amniótico, descida e posição fetal, temperatura materna, pressão arterial e débito urinária. Além disso, antes de considerar qualquer intervenção médica, as mulheres com suspeita de atraso na progressão do trabalho de parto devem ser cuidadosamente avaliadas para excluir complicações em desenvolvimento como desproporção céfalo-pélvica e para determinar se suas necessidades emocionais, psicológicas e físicas estão sendo atendidas.
2 – Todo nascimento é único: alguns trabalhos de parto são rápidos, outros não. Intervenções médicas devem ser evitadas se a mulher e o bebê estão em boas condições.
3 – Toda mulher tem direito a uma experiência de parto positiva, que inclui:
- Respeito e dignidade
- Presença de acompanhe escolhido pela mulher
- Comunicação clara com a equipe e profissionais maternidade
- Estímulo à movimentação durante o trabalho de parto e liberdade para escolher a posição em que quer dar à luz
Segundo a OMS, a medicalização crescente tende a debilitar a capacidade da mulher de dar à luz e pode afetar de maneira negativa a experiência do parto. Além disso, o maior uso de intervenções no trabalho de parto sem indicações claras continua penalizando comunidades com menos recursos financeiros. As diretrizes da Organização abordam esses problemas e identificam prática mais comuns, a fim de estabelecer normas de boas práticas para levar adiante um trabalho de parto e um parto sem complicações.
As diretrizes da OMS se destinam a formuladores de políticas de saúde, gestores de programas de saúde materno-infantil e de unidades de saúde, organizações não-governamentais (ONGs), sociedades profissionais envolvidas no planejamento e gestão de serviços de saúde materno-infantil, profissionais de saúde (incluindo enfermeiras obstétricas e obstetrizes, médicos gerais e obstetras) e acadêmicos que estudam a executam a formação de profissionais de saúde.
Confira aqui o material original da OMS (disponível em inglês e espanhol).
Fonte: ANS
por Equipe 4Health | fev 9, 2018 | Notícias de mercado
É provável que o leitor ou algum de seus conhecidos já tenha recebido pelas redes sociais (ou por e-mail) mensagens de texto, de vídeo e áudio contendo mirabolantes formulações (mais…)
por Equipe 4Health | fev 2, 2018 | Notícias de mercado
30% dos casos estão ligados ao álcool, cigarro, sedentarismo, obesidade e exposição ao sol
O site de notícias G1 repercutiu em matéria pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que aponta a expectativa de que surjam 1,2 milhão novos casos de câncer em 2018 e 2019. Confira abaixo a matéria:
Inca diz que expectativa é de 1,2 milhão de novos casos de câncer entre 2018 e 2019
Em cada 10 casos, três estão relacionados ao estilo de vida que as pessoas levam e hábitos como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e, num país tropical como o Brasil, a exposição excessiva ao sol.
Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que a expectativa é que 1,2 milhão novos casos surgam em 2018 e 2019. Só nesse ano, a estimativa é que surjam 582 mil novos casos. Desses, 300 mil em homens, 282 mil em mulheres.
Ainda segundo o estudo, em cada 10 casos, três estão relacionados ao estilo de vida que as pessoas levam. Hábitos como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e, num país tropical como o Brasil, a exposição excessiva ao sol aumentam as chances de incidência da doença.
“O tipo de câncer mais comum, ainda no nosso país, continua sendo, claro que esperado num país tropical, o câncer de pele, do tipo não melanoma. Dos demais cânceres, mama na mulher e próstata no homem vêm se destacando bastante. Além disso, outros tipos de câncer com alta incidência, como o câncer de pulmão e o câncer de intestino, também estão muito ligados a hábitos alimentares, ao tabagismo, uso abusivo de álcool”, afirmou Ana Cristina Pinho, diretora-geral do Inca.
Entre os tipos de cânceres com maior incidência em ambos os sexos está o câncer de pele não melanoma, que é um tipo de tumor menos letal. Os outros 10 tipos mais incidentes são: próstata, mama, intestino, pulmão, estômago, colo do útero, cavidade oral, sistema nervoso central, leucemia e esôfago.
“No caso homem, o câncer de próstata, no caso da mulher, o câncer de mama, são tipos de câncer ligados ao aumento do tempo de vida, ligados a questões de envelhecimento, alterações hormonais, ligados a funções reprodutivas, obesidade, sedentarismo, são características da vida mais urbana”, afirmou Ana Cristina.
Segundo os pesquisadores, cerca de um terço dos tipos de câncer podem ser evitados, o que significa um passo muito importante no aspecto da prevenção da doença no Brasil e no mundo. Os dados foram divulgados em um evento no Inca que marca o Dia Mundial do Câncer.
Os cânceres de maior incidência entre as mulheres são:
- câncer de mama
- intestino
- colo do útero
- pulmão
- glándula tireóide
Os cânceres incidência entre os homens são:
- próstata
- pulmão
- intestino
- estômago
- cavidade oral
De acordo com o diretor do Inca, Marcelo Bello ações do governo federal vão ajudar a reduzir a incidência de determinados casos de câncer. “No caso das mulheres, o câncer de colo de útero entrou em terceiro lugar e a gente sabe que na região Norte ele é o primeiro lugar. Isso, mais uma vez, corrobora com a ação do Ministério da Saúde na campanha de vacinação contra o HPV, que vai reverter esse quadro. No restante do país a gente vê o câncer de mama como o mais incidente, que era o esperado nas mulheres”, explicou.
No caso dos cânceres que podem ser prevenidos, como o câncer de colo de útero, o importante é fazer o exame preventivo e vacinar as filhas e filhos. No caso do câncer de mama, a melhor forma de prevenir é fazer a mamografia a partir dos 50 anos, que é a faixa etária onde há maior incidência da doença.
Paciente enfrentou diagnóstico errado
Ao olhar para o passado – de forma mais específica, para quase quatro anos atrás -, a cabeleireira Fabiani Monteiro Chavinhas, de 43 anos, lembra com detalhes do dia em que sua vida mudou.
“Cheguei em casa cansada. Havia trabalhado muito e queria relaxar, por isso decidi tomar um banho. Debaixo do chuveiro, percebi, em meu seio esquerdo, uma espécie de caroço. Muito discreto, mas estava lá. Já procurei ajuda médica no dia seguinte”, relembrou Fabiani.
Em um primeiro momento, ela buscou auxílio na rede particular. O diagnóstico inicial foi equivocado e, durante pouco mais de um ano, o que de fato era um câncer de mama foi tratado como um cisto líquido.
“Fazia o tratamento, mas não percebia nenhuma melhora. Foi quando uma amiga me levou a outra médica. Ela me pediu outros exames e foi nesse momento que descobri que tinha um câncer na mama”.
A descoberta não assustou Fabiani. Pelo menos não quando houve certeza da doença que a acometera. “Fiquei apavorada quando senti aquele caroço no meu seio. Aquilo me deixou assustada. Mas quando soube do diagnóstico correto, não me abalei. Pelo contrário: saber contra o que eu estava lutando me deu tranquilidade”, avaliou.
Referência: G1
Fonte: http://cnseg.org.br/fenasaude/servicos-apoio/noticias/pesquisa-do-inca-aponta-que-deve-surgir-1-2-milhao-de-casos-de-cancer-em-2018-e-2019.html