por cibele | mar 12, 2020 | Planos de Saúde
Os programas de saúde corporativos são responsáveis por uma parcela considerável do pacote de benefícios das empresas.
Hoje, todo gestor de RH sabe que precisa dedicar atenção especial à gestão do plano de saúde. Caso contrário, estará contando única e exclusivamente com a sorte, e o resultado poderá inviabilizar a manutenção do benefício e trazer grandes prejuízos ao orçamento da empresa.
Quando falamos sobre plano de saúde, todos parecem concordar que um bom plano deve oferecer ampla rede de atendimento, coberturas diferenciadas e custos competitivos, mas nem todos se preocupam em desenhar um programa realmente sustentável.
Abaixo indicamos os maiores erros que as empresas podem cometer ao elaborar o desenho do plano de saúde. Fique atento.
ERROS ANTES DE CONTRATAR OU MUDAR DE PLANO:
Manter um grande número de agregados vinculados ao contrato.
Isso aumenta o risco e os custos.
Cobrar pelo menos R$ 1,00 de cada usuário, a fim de que se valorize o benefício.
Não existe nada mais antigo. Quando a empresa pode subsidiar 100%, deve fazê-lo, evitando assim a manutenção de um passivo após o desligamento do funcionário.
Começar com um plano com diferenciais muito maiores do que as suas reais necessidades.
Não fazer um planejamento financeiro, entendendo o conceito da inflação médica e considerando o seu impacto sobre os custos ano após ano.
Não observar os objetivos da empresa, situação financeira e o que melhor atende a esse cenário, atual e futuro.
Oferecer planos por adesão.
O ideal é que a empresa subsidie pelo menos um plano básico para todo o grupo. Assim, o risco de um contrato só com funcionários com demandas emergenciais é evitado.
Permitir que os pais dos funcionários ou sócios sejam incluídos como agregados.
Esse procedimento a longo prazo é um risco para o equilíbrio do contrato.
Não observar todos os detalhes e nuances de cada produto X negócio da empresa.
Não aplicar a coparticipação e não envolver os usuários na gestão do plano.
ERROS APÓS A CONTRATAÇÃO:
Não ter um planejamento de comunicação a fim de compartilhar informações e instruir os usuários periodicamente.
Não ter um programa de promoção da saúde.
Ou escolher um direcionado pelas “modinhas” do mercado, não levando em conta as necessidades do grupo.
Não acompanhar de perto a gestão dos casos crônicos e graves.
Não gerenciar as internações.
Não analisar e acompanhar os indicadores periodicamente.
Preocupar-se com a sinistralidade e os riscos do contrato somente às vésperas das negociações.
Não ter um especialista para gerenciar o programa de saúde ou algum consultor especializado em todos os itens acima.
Não se engane. Escolher uma boa operadora, um bom plano e negociar custos competitivos é muito importante, mas acompanhar periodicamente os indicadores do programa enquanto estão acontecendo é fundamental para tornar o seu plano de saúde eficiente e sustentável.
Sobre a Autora:
https://www.linkedin.com/in/debora4health/
Débora Carrera Maia, é Sócia Diretora da 4Health Consultoria. Profissional de RH, especializada na gestão de programas de saúde e benefícios corporativos, atuando há mais de 26 anos nesse mercado junto a empresas nacionais e multinacionais, em diversos países.
por Equipe 4 Health | out 2, 2019 | Planos de Saúde
Bem, além da imensa maioria não ter expertise neste processo, preferem continuar bebendo da fonte (esgotável embora muitos não acreditem) de agenciamentos e grandes comissões desalinhadas da percepção de valor que efetivamente geram para boa parte dos clientes na gestão de seus benefícios. Por que abrir mão disto? Por que despertar nas empresas algo que, do ponto de vista técnico, seria melhor para a sustentabilidade do plano de saúde deles e estaria isento do conflito de interesse de quanto maior o reajuste maior a receita? Pensando bem, muitas empresas têm os parceiros que merecem.
Já no caso das auto-gestões, não tenho propriedade sobre o assunto, mas imagino que os motivos são semelhantes àqueles que presenciei em uma grande empresa que havia sido privatizada, desmontando tempos depois a sua auto-gestão. Aqui a principal barreira talvez seja política. Colaboradores sentem-se órfãos de uma época em que a mãe estatal pagava por tudo sem controles e sem restrições. Recordo-me que para mudar uma vírgula na política de benefícios da referida empresa se faziam necessários inúmeros estudos seguidos de reuniões com representantes dos sindicatos dos empregados. De fato, estavam na mesa propostas técnicas que iam impactar a vida dos colaboradores. Mas ao mesmo tempo era triste ver o quanto a empresa muitas vezes titubeava diante da ameaça de, ao nada ou pouco fazer, colocar em risco, não só a sustentabilidade do benefício, mas da própria empresa. Tenho dito que a crise pelo qual o país passa tem trazido enormes oportunidades de pararmos, refletirmos e buscarmos novos caminhos. Este é o lado pedagógico da crise. As mentes se abrem, os preconceitos se esvaziam, o horizonte se ilumina e as respostas surgem. Não se iluda! No caso de grandes empresas, públicas ou privadas, o pós-pagamento veio para ficar e contribuir, conjuntamente com a efetiva gestão por parte da empresa e corresponsabilidade de seus colaboradores, para a sustentabilidade do benefício saúde.
“..mas da própria empresa. Tenho dito que a crise pelo qual o país passa tem trazido enormes oportunidades de pararmos, refletirmos e buscarmos novos caminhos.”
Sobre a Autora:
https://www.linkedin.com/in/debora4health/
Débora Carrera Maia, é Sócia Diretora da 4Health Consultoria. Profissional de RH, especializada na gestão de programas de saúde e benefícios corporativos, atuando há mais de 26 anos nesse mercado junto a empresas nacionais e multinacionais, em diversos países.
por Equipe 4 Health | set 4, 2018 | Planos de Saúde
Existe um assunto desconfortável no mercado de benefícios, mais diretamente relacionado ao plano de saúde, plano dental, seguro de vida e programas de qualidade de vida que é a nomeação de uma nova corretora. Geralmente esta decisão ocorre porque a corretora atual não atende as demandas da empresa contratante ou por algum outro motivo de caráter politico. Não raras vezes, a empresa se surpreende ao descobrir que não tem autonomia para mudar de corretora, no momento que deseja.
A regra para mudança de corretora, praticada por todas as operadoras e seguradoras do mercado, ainda é desconhecida de muitos, até mesmo porque não existe quase nenhum material oficial a disposição para consulta.
Antes de mais nada é importante destacar que trata-se de uma prática de mercado que é observada, a risca, por todas as corretoras, operadoras e seguradoras do país, em contra partida, não existe uma regra formal sobre o assunto.
Destacamos que a corretora costuma ser remunerada diretamente pela operadora/seguradora contratada, que pratica uma tabela de comissão própria, onde os valores estabelecidos estão embutidos no valor do produto. Sendo assim, quem patrocina o pagamento de verdade é a empresa contratante e a seguradora/operadora efetua o pagamento, diretamente a corretora.
Infelizmente, este assunto ainda não é tratado com a transparência devida e por isso listamos abaixo, algumas das dúvidas mais frequentes:
1) Sempre que uma empresa compra um plano de saúde, dental ou seguro de vida é obrigatório efetivar a transação através de uma corretora de seguros?
Quando se trata de seguro de qualquer natureza, existe uma exigência de que a efetivação da transação ocorra através de uma corretora de seguros. Para outros produtos, as práticas mudam conforme a empresa que está oferecendo o serviço.
Podemos afirmar que a maior parte das operadoras do mercado sugerem que a contratação seja efetivada através de uma corretora, porém, algumas delas, ainda permitem a venda de seus produtos através de canais diretos o que não implica em uma vantagem para o contratante,
2) Como se efetiva a contratação de uma corretora de seguros ou consultoria de benefícios?
A nomeação de uma corretora de seguros ou consultoria de benefícios pode ocorrer em cinco momentos distintos:
2.1 No momento da contratação de um novo plano de saúde, dental ou seguro de vida.
2.2 Quando a empresa muda ou contrata um novo produto, geralmente, a corretora que faz a intermediação desta negociação já é automaticamente nomeada como corretora da conta. Isto significa que pelos próximos 12 meses ou enquanto a empresa contratante não se pronunciar, está corretora responderá pela conta da mesma e deverá oferecer serviços de especializados de gestão em troca.
2.3 No aniversário do contrato
Trinta dias antes do aniversário do contrato vigente, a empresa contratante deverá comunicar através de uma carta, modelo específico, a transferência de corretagem, ou seja, a nomeação da nova corretora para a seguradora/operadora contratada e para a corretora que será destituída. A partir do primeiro dia do aniversário do contrato a corretora eleita passara a oferecer os serviços respectivos a empresa contratante.
2.4 A qualquer momento, com autorização da corretora atual
Nesta situação a empresa também precisa comunicar oficialmente a corretora, porém, esta deverá oficializar o seu de acordo nesta mesma carta. A seguradora/operadora também deverá ser comunicada e exigirá o documento que comprove o de acordo da antiga corretora. Se tudo isto ocorrer, passados trinta dias deste processo a nova corretora nomeada passará atender a conta. Caso a corretora atual se negue a realizar a transferência, a empresa em questão deverá aguardar o aniversário do contrato ou a corretora eleita poderá atender a empresa contratante sem receber remuneração alguma até o próximo aniversário, uma vez que a antiga corretora, continuará sendo remunerada por conta dos prazos não observados pela empresa contratante.
2.5 A qual momento, sem o e acordo da corretora atual e sem remuneração
Nesse caso existe um protocolo oficial de cada operadora / segurado e a corretora eleita deve ter aceitado em trabalhar um período sem remuneração.
Regularizando a situação no próximo aniversário do contrato.
3) Quais benefícios uma empresa poderá obter ao eleger uma corretora/consultoria de benefícios?
Quando a corretora/consultoria de benefícios é experiente, atuante e consciente do seu papel, uma forte parceria se estabelece e a empresa contratante passa a contar com um time de especialistas que passarão a trabalhar com foco direcionado no programa da empresa e que buscarão incessantemente alcançar os resultados propostos, além de oferecer suporte profissional e consistente em todas as situações. Outro ponto positivo é que as negociações com a seguradora/operadora deixam de ser unilaterais e passam a ser mais técnicas e baseadas nas tendências e reais necessidades da empresa.
Incentivamos que, antes da contratação de uma nova corretora, os itens abaixo sejam observados:
- Análise criteriosa do pacote de serviços da corretora, forma de trabalho e referências de clientes.
- A emissão de um contrato, em paralelo, a fim de garantir a entrega dos serviços que foram vendidos.
- Busque fazer a sua escolha da forma mais neutral, profissional e ética possível.
E o mais importante de tudo: acredite na existência de prestadores de serviços especializados, com alto grau de especialização e capacidade de agregar valor ao negócio da sua empresa.
Boa sorte!
Sobre a autora:
Débora Carrera Maia, é Sócia Diretora da 4Health Consultoria. Profissional de RH, especializada na gestão de programas de saúde e benefícios corporativos, atuando há mais de 26 anos nesse mercado junto a empresas nacionais e multinacionais, em diversos países.
por Equipe 4Health | ago 6, 2018 | Planos de Saúde
– Temos condições especiais negociadas com a nossa seguradora/corretora e ao elegermos uma corretora iremos perder as condições negociadas. Esta afirmação é falsa porque ao se eleger uma corretora as condições deverão ser mantidas e o que foi estabelecido em contrato não poderá ser modificado.
– A corretora atual é muito bem relacionada com a minha operadora/seguradora e se houver mudança iremos perder nas negociações. Esta afirmação também é falsa porque a seguradora ou operadora contratada não poderá favorecer uma corretora em detrimento de outra.
-As condições negociadas serão mantidas. Não é necessário estar atento ao aniversário do contrato, posso mudar de corretora a qualquer momento.Esse é um dos maiores equívocos. Como não existe uma regra oficial amplamente divulgada a maior parte das empresas tomadoras de serviços desconhecem os detalhes que a impedem de nomear um novo corretor a qualquer momento, salvo os casos onde a empresa contratante do serviço tenha oficializado esta condição através de um contrato específico a autorização para transferência de corretagem, fora do prazo, deverá ser submetida a aprovação da corretora atual.
– A corretora atual é parceira e não se importará em autorizar a transferência de corretagem a qualquer momento. Conforme descrevemos no item anterior, a corretora atual poderá não concordar em transferir a corretagem antes ou depois do período indicado para isso que é de trinta dias do aniversário do contrato. Para evitar surpresas é importante assegurar esta opção em contrato.
Fique atento você pode estar perdendo tempo e dinheiro por estar mal assessorado. Entre em contato conosco e vamos sanar suas dúvidas. A 4Health Consultoria é uma das principais empresas no mercado e tem resultados sólidos para comprovar sua excelência no atendimento.
por Equipe 4 Health | ago 1, 2018 | Planos de Saúde
O Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH é o mais importante indicador utilizado pelo mercado como referência sobre o comportamento dos custos no sistema de saúde suplementar. Por entender essa importância, acabamos de divulgar o Texto para Discussão “A Variação de Custos Médicos Hospitalares (VCMH): um compêndio dos estudos do IESS e uma atualização do tema”.
Com o objetivo de esclarecer os diferentes pontos que impactam na variação do indicador e sua consequência para a saúde suplementar, o TD 71 é uma compilação dos principais fatores que influenciam a VCMH no caso brasileiro e mundial, reunindo nossos trabalhos e publicações sobre os diferentes temas que tem impacto direto nos custos médico-hospitalares.
Internacionalmente, o termo variação do custo médico-hospitalar é pouco utilizado, sendo mais comum o termo “inflação médica”. No entanto, é importante ressaltar que a VCMH não é comparável com outros indicadores econômicos mais conhecidos, como o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que detecta a inflação geral do País e já explicamos aqui. Isso porque, enquanto a inflação medida pelo IPCA avalia a variação dos preços de uma cesta de produtos, o VCMH varia em função tanto do aumento dos custos dos serviços de saúde quanto da frequência de utilização de consultas, exames e outros procedimentos.
Com o intuito de esclarecer esses e outros aspectos, o trabalho reúne informações sobre os principais vetores dos custos em saúde, como: judicialização; modelo de remuneração; ausência de transparência por parte dos prestadores de serviço de saúde sobre qualidade e segurança do paciente; incorporação de tecnologias em saúde; assimetria nos preços dos insumos; envelhecimento da população; modelo assistencial da saúde suplementar; fraudes e desperdícios; e regulação.
Fonte: IESS
por Equipe 4Health | jul 29, 2018 | Planos de Saúde
Não. Geralmente, por ocasião da precificação do produto, a seguradora ou operadora já inclui no custo um percentual que será destinado ao pagamento da corretora/consultoria. Mesmo quando a empresa contratante opta por uma relação direta com operadora, o valor destinado à corretora acaba por fazer parte do preço, uma vez que esta relação poderá mudar no futuro.
Ou seja, contratar uma corretora é mais vantajoso já que você tem total suporte para as decisões.
Na 4Health Consultoria, além de todo suporte operacional você também conta com programas de qualidade de vida exclusivos que ajudam a diminuir o impacto e uso de serviços de saúde.
Entre em contato conosco para saber mais.