Os programas de saúde corporativos são responsáveis por uma parcela considerável do pacote de benefícios das empresas.
Hoje, todo gestor de RH sabe que precisa dedicar atenção especial à gestão do plano de saúde. Caso contrário, estará contando única e exclusivamente com a sorte, e o resultado poderá inviabilizar a manutenção do benefício e trazer grandes prejuízos ao orçamento da empresa.
Quando falamos sobre plano de saúde, todos parecem concordar que um bom plano deve oferecer ampla rede de atendimento, coberturas diferenciadas e custos competitivos, mas nem todos se preocupam em desenhar um programa realmente sustentável.
Abaixo indicamos os maiores erros que as empresas podem cometer ao elaborar o desenho do plano de saúde. Fique atento.
ERROS ANTES DE CONTRATAR OU MUDAR DE PLANO:
Manter um grande número de agregados vinculados ao contrato.
Isso aumenta o risco e os custos.
Cobrar pelo menos R$ 1,00 de cada usuário, a fim de que se valorize o benefício.
Não existe nada mais antigo. Quando a empresa pode subsidiar 100%, deve fazê-lo, evitando assim a manutenção de um passivo após o desligamento do funcionário.
Começar com um plano com diferenciais muito maiores do que as suas reais necessidades.
Não fazer um planejamento financeiro, entendendo o conceito da inflação médica e considerando o seu impacto sobre os custos ano após ano.
Não observar os objetivos da empresa, situação financeira e o que melhor atende a esse cenário, atual e futuro.
Oferecer planos por adesão.
O ideal é que a empresa subsidie pelo menos um plano básico para todo o grupo. Assim, o risco de um contrato só com funcionários com demandas emergenciais é evitado.
Permitir que os pais dos funcionários ou sócios sejam incluídos como agregados.
Esse procedimento a longo prazo é um risco para o equilíbrio do contrato.
Não observar todos os detalhes e nuances de cada produto X negócio da empresa.
Não aplicar a coparticipação e não envolver os usuários na gestão do plano.
ERROS APÓS A CONTRATAÇÃO:
Não ter um planejamento de comunicação a fim de compartilhar informações e instruir os usuários periodicamente.
Não ter um programa de promoção da saúde.
Ou escolher um direcionado pelas “modinhas” do mercado, não levando em conta as necessidades do grupo.
Não acompanhar de perto a gestão dos casos crônicos e graves.
Não gerenciar as internações.
Não analisar e acompanhar os indicadores periodicamente.
Preocupar-se com a sinistralidade e os riscos do contrato somente às vésperas das negociações.
Não ter um especialista para gerenciar o programa de saúde ou algum consultor especializado em todos os itens acima.
Não se engane. Escolher uma boa operadora, um bom plano e negociar custos competitivos é muito importante, mas acompanhar periodicamente os indicadores do programa enquanto estão acontecendo é fundamental para tornar o seu plano de saúde eficiente e sustentável.
Sobre a Autora:
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