Será que você conhece o perfil de utilização e grupos de controle da sua empresa no plano de saúde?
E, se você conhece, sabe que ações promover a partir dessas informações?
Cada vez mais, percebo a necessidade do RH ter uma visão mais prática dos resultados e menos disposição para análise de gráficos e números, frente a aumentos tão impactantes nos contratos de saúde. É hora de partir para a ação!
Os programas de mapeamento de risco e de acompanhamento de crônicos nos dão um resultado pouco visível e os indicadores apurados são apresentados após um longo período de análises, o que não costuma corresponder à nossa urgência por resultados e mudanças. Em paralelo a isso, o reajuste dos planos ocorre anualmente e o tempo que temos para atuar e gerenciar os riscos é cada vez menor.
Em anos de experiência nesse mercado, tive contato com diversas soluções ditas “milagrosas”, que prometiam resultado em curto prazo na mudança do perfil de utilização.
Hoje, acredito que um trabalho simples e direto é o mais eficaz na contenção desses custos, desde que haja disposição para um trabalho periódico e focado nos pontos certos.
Monitoramento dos grupos de controle
Percebendo os desafios e as angústias dos nossos clientes, criamos um conceito de monitoramento de grupos de controle que traz resultados mais rápidos e nítidos, trabalhando somente aqueles que são sensíveis a um redirecionamento e, consequentemente, a uma redução de gastos.
Para isso, foi necessário inovar a forma de classificação, saindo da máxima de “grupos de crônicos” e elegendo grupos de controle, incluindo maus utilizadores, casos graves e somente algumas patologias crônicas que entendemos ser interessante para trabalharmos.
Depois de um estudo profundo dos perfis de utilização de cada grupo, adequamos nossa ferramenta de BI (Business Intelligence) para que, com um algoritmo definido, encontrássemos os possíveis elegíveis ao programa de grupos de controle, na base de utilização da operadora e em todos os canais de informação de que dispomos internamente. A partir daí, a utilização individual é avaliada e o usuário de risco é contatado pessoalmente.
Como resultado, pacientes ortopédicos foram direcionados para tratamentos específicos, evitando cirurgias de grande porte, e crianças com episódios de idas mensais ao pronto-socorro por problemas pulmonares, para tratamento com especialista.
Em paralelo a tudo isso, faz-se necessário um trabalho de acompanhamento de exames preventivos, educação para a saúde e programas de qualidade de vida, visando o diagnóstico precoce para evitar a instalação de doenças crônicas.
Entendo que, para atender às cobranças e urgências que todas as áreas têm sofrido, temos que buscar ferramentas mais modernas e rápidas, que nos ajudem efetivamente a trilhar outros caminhos.
O que sua organização pode fazer?
Você quer funcionários felizes e saudáveis porque custam menos e geram níveis mais altos de produtividade e reduzem os gastos com plano de saúde. Portanto, mesmo que você seja a pessoa mais egoísta do planeta, é do seu interesse investir na saúde dos funcionários.
Em organizações maiores, uma das pessoas envolvidas com os esforços de saúde do funcionário será o gerente de remuneração e benefícios, enquanto em uma empresa menor isso pode ser apenas mais uma responsabilidade de um generalista de RH.
Aqui estão algumas ideias do que você pode fazer para melhorar a saúde dos funcionários em sua organização.
1. Programas de bem-estar
Os programas de bem-estar dos funcionários são populares por um bom motivo: as pessoas adoram a ideia de fazer com que seus funcionários se exercitem mais ou pensem sobre seus hábitos alimentares, e presumem que isso se traduzirá em funcionários mais saudáveis. Os planos de bem-estar melhoram os comportamentos gerais de saúde dos funcionários.
2. Incentive o tempo de férias
O tempo de férias, de preferência pago, continua sendo um dos benefícios que os funcionários mais valorizam. Afastar-se do trabalho e tirar férias reduz o estresse, diminui o risco de queimadura e aumenta a produtividade.
Certifique-se de que seus funcionários tirem férias a que têm direito.
3. Incentive cuidados de saúde preventivos
Lembre-se de que os empregadores também pagam pelos cuidados de saúde, uma vez que grande parte desse custo recai diretamente sobre os ombros das empresas.
Os cuidados preventivos salvam vidas e dinheiro. De acordo com a IFEBP, 63% dos empregadores que oferecem programas de bem-estar relataram maior sustentabilidade financeira e crescimento.
Outros cuidados preventivos também podem reduzir custos. Se seus funcionários têm doenças crônicas, garantir que eles tenham tempo para ver seus médicos pode ajudar a manter suas condições sob controle e seus funcionários no trabalho. Certifique-se de incentivar seus funcionários a fazer exames regulares.
4. Foco na saúde mental
O Brasil é o segundo com maior valor em perdas ligadas à depressão no trabalho, com US$ 63,3 bilhões (R$ 206 bilhões), atrás apenas dos EUA, com US$ 84,7 bilhões. É uma quantidade enorme de dinheiro. O estresse é um fator importante que contribui para a depressão e o esgotamento.
Você tem níveis de pessoal adequados? As pessoas trabalham quantas horas semanais? Seus gerentes têm treinamento adequado para que possam apoiar sua equipe? Lembre-se de que gerenciar não é apenas fazer o trabalho, mas liderar a equipe.
Se seus gerentes criarem um ambiente tóxico, os níveis de estresse aumentarão. Os gerentes que intimidam ou ignoram os funcionários criam um ambiente tóxico que prejudica seus funcionários, diminui a produtividade e aumenta a rotatividade.
5. Fornecer um Programa de Assistência ao Funcionário
O trabalho é apenas um dos lugares onde seus funcionários passam por estresse. Os casamentos se desfazem, as finanças ficam apertadas, um acidente de carro resulta em ferimentos e estresse, um processo judicial inesperado pode quebrar alguém financeiramente.
Ele transborda para o local de trabalho. Um programa de assistência ao funcionário pode ajudar seus funcionários a encontrar um terapeuta, um planejador financeiro ou um advogado. Todas essas coisas podem reduzir o estresse no local de trabalho, assim como um programa de bem-estar financeiro para funcionários, por exemplo.
O treinamento adequado e a investigação e resposta adequadas ao bullying podem tornar o seu local de trabalho um lugar melhor para se estar. Um local de trabalho melhor é algo que melhora a saúde dos funcionários.
O próximo passo na gestão de saúde dos funcionários
Quando os departamentos de Recursos Humanos se concentram na saúde dos funcionários, pode haver um impacto significativo ao implementar programas de bem-estar e gerenciar os custos com os planos de saúde.
Se você ainda não acompanha a saúde individual de seus funcionários, é hora de pensar no assunto. Tenha certeza de que, além da economia nos contratos e valores investidos no programa de saúde, você perceberá o quanto esse acolhimento agrega ao clima organizacional!
Concentre-se nas coisas que fazem a diferença e não nas coisas fáceis. A saúde dos seus funcionários vale a pena. Acompanhe nosso blog para mais informações sobre gestão de planos de saúde.
Este artigo foi escrito por Sheila Hojda, sócia diretora da 4Health Consultoria em Saúde e Benefícios, empresa especializada na gestão de planos de saúde, pacote de benefícios e programas de qualidade de vida e bem-estar.
Estamos vivendo uma grande oportunidade nas áreas de atendimento das empresas. Com a necessidade de implementarmos o atendimento remoto, a escuta do cliente tornou-se mais necessária do que nunca! Com isso, percebemos que estão todos em um momento particular de pontuar dificuldades e cobrar melhorias.
Porém, ao abrir a Caixa de Entrada e verificar um e-mail de cliente reclamando, a maior parte das equipes de atendimento é tomada por um frio na espinha, iniciando a caça aos culpados. A partir daí, em poucos minutos, o cliente é esquecido.
Já faz um tempo que acreditamos que a reclamação do cliente pode ser um alerta positivo para nós. Esse feedback nos apresenta novos desafios e pontos de melhoria, que muitas vezes passam desapercebidos.
Você já refletiu que, se o cliente estivesse muito insatisfeito com você, talvez nem se desse ao trabalho de escrever um e-mail reclamando? Quantas vezes fomos tomados por um desânimo tão profundo vindo de experiências frustrantes, que quando algum fornecedor nos decepciona novamente, nem nos esforçamos em informá-lo?
Pois é, cliente quieto nem sempre é cliente satisfeito. Na verdade, para mim, é exatamente o contrário.
Quando avaliamos com imparcialidade as solicitações, temos a oportunidade de rever nossos processos e a forma de nos relacionarmos com o cliente. Criando, dessa forma, um ciclo contínuo de melhorias baseado na experiência do cliente com nosso serviço!
É muito valioso para o cliente saber que utilizamos sua reclamação, mensuramos cada solicitação e mensalmente fazemos um ranking das incidências mais comuns, o que nos ajuda a priorizar as mudanças mais urgentes.
Portanto, ao receber uma reclamação, devemos acalmar nosso cliente, e, se não for possível resolver seu problema imediatamente, deixar claro que ele está sendo ouvido e que haverá uma mudança para melhor. Dessa forma, mantemos a satisfação do cliente e ganhamos maturidade em nossos processos!
Este artigo foi escrito por Sheila Hojda, sócia diretora da 4Health Consultoria em Saúde e Benefícios, empresa especializada na gestão de planos de saúde, pacote de benefícios e programas de qualidade de vida e bem-estar.
Com o anúncio da ANS, de que as operadoras de saúde devem cobrir os custos com os atendimentos decorrentes da Covid-19, muitas empresas estão com dúvidas acerca de como isso impactará a sua sinistralidade.
Em um momento em que todas as empresas estão voltando sua atenção para seus números e renegociando contratos e custos, preocupadas com o futuro, a possibilidade de um aumento de sinistralidade, que possa resultar em altos reajustes, deixa todos inseguros.
Eu gostaria de ter uma “bola de cristal” para poder prever o exato impacto dessa nova realidade no cenário de sinistro das empresas, mas com base na minha experiência e em movimentos do mercado conseguimos, vislumbrar algumas tendências.
Já de início, vimos que as operadoras, assim que verificaram a possibilidade de um estrangulamento nos recursos próprios e na rede credenciada, cancelaram qualquer procedimento eletivo, o que, diga-se passagem, era grande fonte de receita dos hospitais.
O impacto no sinistro é imediato, e aponta para uma redução significativa nas contas dos meses em que vivermos essa suspensão, para a maioria das empresas, pois o desempenho está sempre vinculado ao perfil de cada cliente.
As empresas já têm verificado algumas dificuldades nas liberações de internações e exames, resultado de protocolos rígidos estabelecidos pelas operadoras para atendimento e regulação de leitos. Além disso, também para tentar reduzir ainda mais os custos, as operadoras têm renegociado seus pacotes com a rede credenciada.
Com todo esse trabalho, estamos verificando números positivos na sinistralidade de março e parcial de abril das principais operadoras, resultado esse que, acredito, deva se espelhar nos planos corporativos.
Os casos de Covid-19 têm tratamento basicamente clínico e de baixo custo, até que o paciente passe a precisar de atendimento de alta complexidade, devido ao seu estado de saúde ter se tornado grave. Importante salientar que as pessoas que atingem um alto grau de gravidade da doença permanecem em média entre 15 e 20 dias em uma UTI, permanência longa se comparada com outros casos clínicos, gerando um custo mais alto.
Indico aqui alguns pontos no perfil de seu grupo, que contribuem para o maior risco de impacto no sinistro, com relação à Covid-19:
Alto percentual de pessoas acima de 60 anos em sua população. Essas pessoas, se forem infectadas, têm maior risco de utilizar leitos de alta complexidade em UTIs;
Existência de muitas pessoas em seu grupo que fazem parte dos grupos de risco para agravamento da Covid-19:
Diabéticos
Hipertensos
Portadores de doença respiratória crônica
Portadores de doença renal crônica
Grávidas
Puérperas (quem deu à luz há pouco tempo)
Portadores de doença cardiovascular
Pacientes oncológicos ou imunossuprimidos
Exposição de seus funcionários ao público em geral (se for de serviços essenciais) ou que ficam em trânsito.
Com o retorno mesmo que gradual das atividades e a volta dos agendamentos, teremos um represamento da realização de procedimentos suspensos, o que provavelmente impactará em um aumento significativo do sinistro.
Algumas dicas que podem ajudar a reduzir o impacto futuro:
Incentive práticas de vida saudável para sua população na quarentena.
Esclareça para sua população que os sinais de outras doenças não devem ser ignorados e que é preciso procurar um médico em caso de necessidade, antes do agravamento do estado de saúde.
Reforce a necessidade de utilizar o médico da família e continuar as visitas periódicas a pediatras e geriatras principalmente.
Com a situação da pandemia, os planos de saúde disponibilizaram médico na tela e telemedicina para facilitar o atendimento para Covid-19 e outras especialidades. O uso dessa ferramenta é mais seguro e de custo mais baixo que o do pronto-socorro.
Oriente os funcionários com doenças crônicas para que não interrompam o tratamento contínuo nem a medicação, evitando idas desnecessárias ao pronto-socorro e exposição ao contágio nesse ambiente.
É importante entendermos que, assim como para outras questões, a realidade deste momento é temporária e mudará para sempre o comportamento das pessoas no que se refere à saúde e prevenção de doenças.
Neste momento, estamos adaptando diariamente nossos algoritmos e grupos de controle à nova realidade e comportamento de risco.
Cada vez mais, acredito que é fundamental conhecermos no detalhe os grupos de risco de nossa carteira e garantirmos ações focadas, para que as pessoas se mantenham saudáveis e os doentes, monitorados. Informações valiosas para tomada de decisões rápidas e assertivas em momentos difíceis como o que estamos vivendo!
Boa sorte a todos!
Este artigo foi escrito por Sheila Hojda, sócia diretora da 4Health Consultoria em Saúde e Benefícios, empresa especializada na gestão de planos de saúde, pacote de benefícios e programas de qualidade de vida e bem-estar.
Trabalho há mais de 20 anos com planos de saúde e benefícios corporativos e a pergunta que mais ouço é: qual o melhor plano de saúde do mercado? O curioso é que a resposta é mais simples do que parece: o melhor plano de saúde corporativoé aquele que conversa com a realidade, plano de negócio, perfil de funcionários e orçamento da sua empresa.
Plano de saúde sustentável é que tem eficácia a médio e longo prazo, afinal de contas costuma ser o segundo maior custo depois da folha de pagamento. Eu sei que a prática não é tão simples. Embora pareça óbvio, alguns fatores importantes não são considerados na hora da contratação.
Quando uma empresa vai ao mercado a fim de buscar alternativas para o plano de saúde corporativo, no momento da análise, o que salta aos olhos é a economia e os diferenciais apresentados. Se esses dois fatores apontarem para uma marca que é o sonho de consumo do gestor responsável, pronto, a escolha está feita. Se a marca não é a mais desejada, mas apresenta algum diferencial competitivo, está tudo ok também.
Com toda certeza, não existe nada de errado com uma decisão baseada nos fatores acima, mas existem outras análises mais profundas que deveriam ser consideradas, porém, costumam ser ignoradas. Confira detalhes importantes no vídeo abaixo:
Um ponto muito importante na escolha de um plano de saúde empresarial é a necessidade de assegurar se ele realmente conversa com a realidade financeira da empresa, perfil do grupo e, consequentemente, o negócio, e isso vai além do valor final da fatura.
Os custos do plano de saúde corporativos são definidos a partir do histórico de utilização, faixa etária, sinistralidade e localização geográfica da empresa, entre outros fatores. Quando o preço é orçado, todos esses pontos em conjunto fazem parte da equação que definirá o custo médio, somando tudo isso aos riscos imprevisíveis que precisam ser considerados.
Neste momento de pandemia, complexo e cheio de ameaças, um desenho sustentável precisa estar alinhado ao orçamento presente e futuro da empresa.
Frequentemente me deparo com empresas que oferecem um ótimo plano de saúde, além da sua capacidade financeira. Nesses casos, é comum perceber que, embora totalmente conscientes de que algo precisa ser feito, essas empresas são resistentes a qualquer mudança com algum impacto mais significativo, e acreditam em um milagre.
Com essa perspectiva, vão ao mercado com o único objetivo de encontrar economia. Preço é tudo o que importa e esse processo mais superficial de avaliação não os deixa enxergar os fatores que realmente enfraquecem o programa de saúde.
Nessa busca pelo preço, em anos bons, essas empresas encontram oportunidades alinhadas ao que procuram. Mas com o decorrer do tempo, o problema financeiro vai surgir de novo, única e exclusivamente porque o desenho do plano não é sustentável e exige ajustes profundos.
Por conta desse cenário, quero compartilhar alguns pontos que merecem atenção especial, antes e depois da contratação. Não se deixe enganar, eles são importantes para a ter um plano de saúde sustentável na sua corporação:
O que fazer antes de contratar o plano de saúde?
1. Avalie o custo do plano de saúde
Avalie além do valor total da fatura, vá além do ganho inicial. O custo precisa caber no orçamento da empresa. Tome como base de orçamento o pior cenário.
Ao apurar o custo final da fatura, faça uma projeção aplicando a média do reajuste que a sua empresa recebeu nos últimos anos X sinistralidade média, que é determinada pela Agência Nacional de Saúde. Projete esse valor para dois anos à frente, uma vez que o plano é reajustado todos os anos e os novos contratos, em sua maioria, exigem 24 meses de permanência.
Após calcular essa projeção de reajuste, se o valor final conversar com o orçamento da empresa, siga em frente. Caso não seja sustentável, ajuste o desenho, reduza valores e coberturas.
2. Busque informações sobre a operadora do plano de saúde
Procure saber sobre a operadora/seguradora que você pretende contratar:
Ela é flexível?
Como foram os reajustes nos últimos anos?
Os produtos são estáveis ou ela muda a grade a cada momento?
É aberta para ouvir e atender exceções?
Um bom representante comercial tem todas essas informações catalogadas para você avaliar. Não seja indiferente à importância desses detalhes.
3. Analise a rede credenciada
A rede credenciada apresentada atende às necessidades?
Essa responsabilidade de análise do produto atual versus o que será contratado sempre é de responsabilidade da empresa contratante. Fazer as perguntas certas nesse momento é meio caminho andado em direção ao sucesso.
4. Elabore uma estratégia de comunicação
Se decidir mudar, qual a estratégia de comunicação? Não ignore a importância dessa iniciativa, informação nunca é demais!
5. Revise o contrato cuidadosamente
Avalie o contrato com atenção, considerando o impacto de cada cláusula na realidade do seu negócio.
6. Faça uma pesquisa da concorrência
Um plano de saúde de bom padrão pode ser uma excelente ferramenta para a admissão e retenção de talentos, mas é importante que você também avalie as práticas de mercado das empresas concorrentes. Se pode oferecer um plano mais robusto, ótimo, mas avalie a concorrência para potencializar o seu investimento.
O que fazer após a contratação do plano de saúde?
1. Acompanhe a gestão do plano de saúde
Um profissional da sua confiança, engajado, a fim de acompanhar em conjunto com os responsáveis técnicos, de forma regular e disciplinada, os indicadores do plano e a sinistralidade, aplicando ajustes quando necessário.
2. Acompanhe de perto os grupos de risco
Acompanhamento constante do grupo de risco, casos graves, maiores usuários, ofensores e grupo de crônicos.
3. Acompanhe indicadores
Análise pontual dos indicadores de absenteísmo e afastamentos.
4. Realize ações de saúde e bem-estar
Ações de promoção da saúde voltadas às necessidades apuradas e com mensuração de resultados.
5. Envolva os funcionários
Envolvimento dos usuários na gestão, canal aberto e transparente sobre os indicadores, vulnerabilidades e auto responsabilidade para manutenção do plano de saúde.
Não se deixe enganar, esses fatores sempre serão importantes, embora muitos prefiram se concentrar unicamente nos custos.
A pandemia trouxe uma urgência nos controles dos custos e prioridades das empresas. Contar somente com a sorte na gestão dos planos de saúde corporativos e transferir a culpa para terceiros no momento da renegociação do contrato não combinam com esse momento, se a gestão não for eficiente agora, poderá comprometer o orçamento da sua empresa de forma catastrófica.
Eu te convido a mergulhar nos números, avaliar os processos e, se necessário for, tomar decisões difíceis. O futuro é de quem decide hoje, agir com coragem, sabedoria e responsabilidade.
Débora Carrera Maia, é Sócia Diretora da 4Health Consultoria, sócia e diretora da 4Health Consultoria em Saúde e Benefícios, empresa especializada na gestão de planos de saúde, pacote de benefícios e programas de qualidade de vida e bem-estar.
A pandemia, embora anunciada, mudou a vida das pessoas. De uma hora para outra o mundo virou de pernas para o ar e, sem muito ensaio, fomos apresentados a uma nova realidade.
Nas empresas, os desafios foram imensos e, em um espaço muito curto de tempo, a rotina de trabalho foi totalmente transformada: videoconferências sem fim, reuniões online, um número maior de chamadas telefônicas e trocas de mensagem consomem os nossos dias, tornando-os mais curtos e às vezes até improdutivos. Diariamente nos perguntamos se determinado projeto ou plano de trabalho continua a fazer sentido neste novo momento, e vamos ajustando tudo o que está à nossa volta a um mundo diferente do que imaginamos e planejamos anteriormente.
Tenho o privilégio de me relacionar com gestores de pessoas em empresas e pude perceber que rapidamente o stress de organizar a operação, dentro dessa pandemia, foi dando lugar a uma preocupação enorme com a saúde integral dos times e funcionários.
Trabalhando com promoção da saúde e qualidade de vida há mais de 16 anos, sempre valorizei essas ações no ambiente profissional. Acredito que a empresa é um lugar incrível para promover a saúde e o bem-estar, mas infelizmente, nos últimos tempos, percebo um descompasso entre a realidade, os interesses e a teoria.
As iniciativas que de fato mudam a vida das pessoas e trazem resultados mensuráveis foram deixadas de lado, em favor de ações “mais atrativas”, superficiais e menos eficientes. Em paralelo a tudo isso, percebemos uma certa miopia frente à insalubridade emocional de alguns ambientes trabalho, que não contribuem para melhorar os indicadores de saúde, muito pelo contrário.
A boa nova é que hoje, no meio de uma pandemia, mensuramos um número significativo de solicitações de programas voltados à saúde mental, emocional e saúde integral nas empresas. E não estou falando de ações voltadas à Covid-19, falo de ótimas inciativas, muito simples na realização e eficientes na prática.
A pandemia e o isolamento social trouxeram preocupações com imunidade que promovem constantes reflexões e autoavaliações e, por conta disso, hoje nos deparamos com uma excelente oportunidade para falar de qualidade de vida dentro das empresas outra vez.
A parte desafiadora é que temos um menu mais enxuto de opções e um novo universo a desbravar, diante das limitações físicas. Vamos precisar entender este novo caminho, dar as mãos, construir e aprender juntos.
Não existe uma receita e nem respostas prontas, a única certeza que temos é que boa parte das coisas que aprendemos sobre promoção da saúde corporativa será atualizada a partir de uma nova perspectiva e os programas desconectados da realidade não farão mais sentido.
Acredito que neste momento é importante refletir sobre alguns pontos, antes de partir para uma programação frenética de ações:
1- Quais as reais necessidades do grupo de funcionários?
2- Os programas e ações propostos são relevantes? Promovem reflexões para a mudança de comportamento ou são eventos divertidos, com apelo único de dar um tom mais moderno à empresa, mas sem força para impactar o ambiente de trabalho e a vida das pessoas?
3- Qual a real motivação por trás dessas ações? Tornar a empresa moderna e mais interessante aos olhos do mercado e funcionários? Se esta for a resposta, talvez você esteja no caminho errado.
4- Existe um objetivo definido? É muito importante estabelecer um rumo para não tornar o programa de qualidade de vida uma “sopa de letrinhas” indecifrável. É importante fixar um objetivo e se manter fiel a ele, a fim de buscar resultados mensuráveis.
5- As ações conversam com as práticas e rotinas do dia a dia? Por exemplo, se o assunto é alimentação saudável, o refeitório da empresa, os lanches servidos, os alimentos oferecidos pela organização estão alinhados com o objetivo que se espera alcançar?
6- Qual a origem dos indicadores que apontam a direção do programa? Impressões de um ou outro? Relatórios de utilização do plano de saúde? Indicadores do restaurante e da lanchonete da empresa? Taxa de adesão a iniciativas já implantadas? Não dá para iniciar um programa baseando-se na opinião ou interesse de poucas pessoas. O programa proposto precisa conversar com o grupo de funcionários.
7- A liderança da empresa apoia essas iniciativas? Se não existe apoio, talvez seja melhor pegar mais leve, porque os indicadores de mercado comprovam: sem apoio da liderança, os programas de saúde não decolam.
8- As ações são mensuráveis? Você consegue medir, analisar a evolução e ajustar a rota sempre que possível?
9- Existe uma verba definida? Apoio de patrocinadores? Por quanto tempo o programa se sustenta dessa forma?
10- As ações propostas estimulam a autorresponsabilidade e a maturidade dos funcionários nos cuidados preventivos com a saúde?
11-O plano de trabalho e de comunicação estão definidos? Entender a importância de cada fase e se comprometer com ela é meio caminho andado para o sucesso.
12- A agenda proposta estimula a participação de todos, os horários definidos são os mais indicados, o intervalo entre as ações é viável? Fuja da tentação de oferecer um menu muito rico. Muitas atividades não promovem o entendimento, o engajamento e a mudança de comportamento.
Penso que melhorar a saúde dentro das organizações passe, talvez, por uma análise corajosa das relações corporativas, do modelo de negócio x pessoas, do tipo de líder que a empresa deseja ter e formar, da relevância dos projetos voltados às pessoas e de quanto o ambiente interfere nos excessos e nos hábitos de saúde de cada um.
Sinceramente, desejo sucesso e me uno a vocês nessa empreitada, já torcendo para que a verdadeira transformação comece em nós.
Débora Carrera Maia, é Sócia Diretora da 4Health Consultoria, sócia e diretora da 4Health Consultoria em Saúde e Benefícios, empresa especializada na gestão de planos de saúde, pacote de benefícios e programas de qualidade de vida e bem-estar.
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