Você é Gestor de RH e está preocupado com o reajuste do plano de saúde em 2021 da sua empresa? Você não está sozinho.
A busca para oferecer assistência médica de qualidade aos funcionários é mais desafiadora do que nunca em um mercado onde os custos estão aumentando. E quando pensávamos que a saúde não poderia ficar mais complicada, apareceu o COVID.
Em agosto do ano passado a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) congelou o reajuste dos planos de saúde devido à pandemia do Covid-19.
Contudo, o valor que seria pago de setembro a dezembro começou a ser aplicado em janeiro deste ano e dividido em 12 parcelas. Além disso, o reajuste de 8,14% nos planos individuais e 15% para planos coletivos passaram a valer.
O setor de planos de saúde passa por mudanças de reajuste que afetam os empregadores e clientes. Em janeiro, o desfalque variou entre 12,21% e 49,81%, segundo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), e você deve estar pronto para contestar essas mudanças.
O constante aumento das taxas está afetando os funcionários e seus empregadores.
Gestores de RH em organizações de todos os tamanhos estão quebrando a cabeça em busca de soluções para lidar com o aumento do plano de saúde durante a pandemia. A maioria tem um orçamento para cumprir e, a menos que encontrem uma árvore que dê dinheiro, isso não mudará tão cedo.
Mas existem coisas que você pode fazer. Algumas podem produzir resultados melhores do que outras e depende muito das necessidades exclusivas de sua organização. Aqui estão 8 maneiras como você pode lidar com a situação.
Como lidar com o aumento dos preços do seguro saúde
1. Exija transparência à operadora
Enquanto gestor de RH, você deve exigir que a seguradora torne as informações de valores acessíveis no site e por telefone.
Em meio às reclamações, a maioria dos consumidores apontam um reajuste abusivo das operadoras, estas que, por sua vez, dizem que se trata do valor do não reajuste do plano de saúde no ano passado mais o índice de sinistralidade.
As companhias alegam que os gastos por causa do alto número de casos de covid-19 foram elevados em 2020. O Procon-SP identificou aumentos de até 150%, percentual considerado abusivo e injustificável.
De acordo com Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon-SP, no Brasil, os planos coletivos e empresariais correspondem a 80% dos planos vigentes.
Assim que recebe a notificação, a companhia tem até 10 dias para se manifestar e explicar o cálculo que foi aplicado para se chegar ao reajuste. Se a empresa não justificar, pode ser autuada com multa de até R$10 milhões.
2. Negocie com a operadora
Se a sua empresa estiver nessa situação, a consultoria de especialistas sobre gestão de plano de saúde pode ser outra saída. Agende uma reunião inicial apenas com a corretora, compreendam os valores atuais e discutam como podem negociar o plano de saúde junto à operadora de acordo com a realidade e necessidades da organização. Por exemplo, realizar o downgrade para uma categoria mais simples.
Sempre existe uma forma de negociar com a operadora de saúde. Isso significa isentar-se do reajuste do plano de saúde? Não! Nos tempos que vivemos hoje, isso é bastante difícil.
Mas é possível negociar condições e valores mais próximos da sua realidade. Além do mais, sempre é um bom momento para revisar o contrato e a proposta de benefícios.
3. Faça a portabilidade do plano
Caso a operadora se recuse a negociar, a ANS reforça que é possível mudar de plano após o tempo de carência. A opção permite trocar de plano na mesma operadora ou buscar por uma nova fornecedora. A diretriz também vale para planos empresariais.
Para realizar a troca é possível escolher um plano com preço igual ou inferior ao originalmente contratado. Uma vez cumpridos os requisitos de portabilidade, a operadora não poderá se negar a fazê-la.
4. Procure a justiça
Caso a conversa com a operadora e as alternativas acima não dêem resultados, existem três caminhos: reclamar na ANS, fazer uma queixa formal no Procon-SP ou notificar a operadora via cartório. Se nenhum deles tiver resultado, há ainda a opção de ingressar com ação na justiça.
Além das intervenções junto à operadora do seu plano de saúde empresarial, é possível realizar ações com seus colaboradores a fim de reduzir os gastos com o plano de saúde internamente. Confira abaixo:
5. Certifique-se de que seus funcionários entendam seus benefícios
Se os funcionários não entendem os benefícios, como serão capazes de dar o devido valor? Afinal, um benefício é realmente tão bom quanto o reconhecimento de seus funcionários por ele.
Muitos empregadores presumem que seus funcionários sabem como o plano de saúde funciona, mas será que eles realmente sabem? Esse mal entendido pode levar ao uso indevido de benefícios – como visitas desnecessárias ao pronto-socorro.
Lembre-se de que, aos olhos de seus funcionários, você é a pessoa responsável e especialista. Oriente-os ao longo do processo para garantir a compreensão, de modo que reconheçam o valor do que você está fornecendo.
Segundo pesquisa da America ‘s Health Insurance Plans (AHIP), apenas 20% dos funcionários acreditam no valor do plano de saúde. No entanto, 77% disseram que a consideração para com seus empregadores aumenta significativamente com o conhecimento.
Encontre oportunidades para comunicar à sua força de trabalho o tamanho da contribuição que sua organização faz para financiar o plano de saúde dos funcionários. Seja transparente sobre os custos e ensine-os o que fazer para mantê-los baixos, por exemplo, conscientizar sobre idas ao pronto-socorro.
Após um ano de constante atuação da equipe de promoção da saúde da 4Health, com oficinas interativas e criativas de conscientização, conseguimos reduzir as idas ao pronto socorro em 71%, o que representou 5.398 consultas a menos e um equilíbrio maior nos custos.
6. Programas de Bem-Estar
Os programas corporativos de saúde e bem-estar são uma ótima maneira de reduzir os custos com saúde, pois incentivam os funcionários a fazerem escolhas saudáveis e geralmente os recompensam por isso.
Esses comportamentos de estilo de vida desempenham um papel importante na minimização do alto número de sinistros e dos gastos gerais com saúde. Uma pesquisa realizada pela United Healthcare mostrou que os funcionários que participam de programas de bem-estar atribuem grandes sucessos a esses programas.
67% dos participantes relataram redução do peso corporal, 23% pararam de fumar e 30% disseram que uma doença foi detectada mais cedo por causa de seu envolvimento em um programa de bem-estar.
O sucesso também está repercutindo nos resultados do local de trabalho, já que 62% dos participantes de programas de bem-estar afirmam que sua produtividade no trabalho melhorou e 56% passaram menos dias de licença médica.
7. Forneça opções de telemedicina
A telemedicina já caminhava para a popularidade antes do COVID. Mas ela disparou desde que o governo emitiu ordens de permanência em casa, de acordo com a American Medical Association. Um relatório estimou que os médicos atendem entre 50 e 175 vezes mais pacientes via telessaúde do que antes da pandemia.
Muitos especialistas esperam que o uso da telessaúde continue, mesmo após a pandemia. Isso pode incluir chamadas de vídeo ao vivo com provedores, treinamento de enfermagem e monitoramento remoto do paciente.
As consultas por chamadas normalmente custam cerca de 50% menos em comparação a uma visita ao consultório médico, de acordo com o Wall Street Journal – então a economia é bastante vantajosa.
8. Inclua flexibilidade em seus benefícios
Alguns empregadores estão obtendo sucesso ao colocar seus funcionários à frente de seu próprio pacote de benefícios, em vez de adivinhar quais benefícios ganham o coração de seus funcionários, eles oferecem uma variedade e permitem que cada funcionário escolha de qual gosta mais.
Importância da gestão os gastos com benefícios na sua organização
Estas são apenas algumas ideias para lidar com o aumento frustrante dos planos de saúde durante a pandemia. Existem outras opções e, certamente, um caminho não será o certo para todos.
Algumas soluções podem ser incorporadas diretamente à sua operadora de plano de saúde, enquanto outras exigem que movimentos internos sejam realizados.
Muitas vezes pode ser um desafio lidar com mais gastos corporativos em seu pacote de benefícios, uma vez que o ROI pode ser mais difícil de medir do que em outras áreas do seu negócio.
A chave para profissionais de RH é saber qual o objetivo do plano de saúde e encontrar uma maneira de cumprir seu dever. Leve seus benefícios a sério!
Avalie-os com o mesmo rigor que faria com qualquer outro investimento da empresa. Estabeleça metas, invista tempo, coletar feedback dos funcionários e aja de acordo com o que eles estão lhe dizendo.
Se você precisa de ajuda ou informações de como realizar a gestão de benefícios da sua empresa, entre em contato com um de nossos especialistas e entenda como a sua empresa pode alcançar os melhores resultados em planos de saúde e benefícios para funcionários.
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